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jul/2012

BR-040 será privatizada

Em meio a críticas do setor produtivo, que reclama do baixo crescimento econômico e da ausência de incentivos consistentes ao investimento, o governo decidiu acelerar o processo de concessões de obras de infraestrutura, e deve anunciar, em um mês, um pacote com licitações de estradas, portos, aeroportos e ferrovias.

Entre os projetos prioritários está a privatização de parte da BR-040, estrada que liga Brasília à Região Sudeste, apontada como uma das pistas com maior número de mortes no Distrito Federal. A rodovia também coleciona problemas como os constantes engarrafamentos nos horários de pico, devido ao grande fluxo de pessoas que moram nas cidades do entorno e trabalham na capital.

A concessão para as obras na via deve ser feita ainda neste ano, conforme explicou o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. Ele espera divulgar nas próximas semanas o edital de concessão, que contempla os 936,8km a partir do entroncamento com a rodovia BR-251 até Juiz de Fora, em Minas Gerais. O governo também deve conceder à iniciativa privada 816,7km da BR-116. A ideia é que as obras nas duas rodovias comecem em 2013.

Em sintonia com o anúncio feito pelo chefe dos Transportes, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, divulgou também os planos do governo para acelerar investimentos em infraestrutura. Tentando não se antecipar à presidente Dilma Rousseff, que deverá anunciar um amplo pacote de concessões no mês que vem, ela revelou apenas que serão incluídos os setores aeroportuário, rodoviário, ferroviário e energético. “Queremos garantir novos investimentos. A parceria com o setor privado é um elemento importante nessa estratégia da presidenta Dilma”, disse. (DB)

Resistência na base

O governo enfrentava mais dificuldades entre aliados do que com adversários na tentativa de aprovar, ainda na noite de ontem, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013. A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, teve que ir ao Congresso para conversar exclusivamente com parlamentares do PT sobre o assunto. Enquanto isso, a oposição condicionava a aprovação à inclusão de 13 destaques ao texto da LDO. Uma delas, o limite para os restos a pagar inscritos pelo governo no orçamento, ao fim de cada ano, para serem gastos no exercício seguinte. “Queremos um teto de 50%”, disse o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP). O vice-líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), avisou que temas polêmicos, como fator previdenciário, “ficarão para agosto”.

Correio Braziliense

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