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jul/2012

BR-153 é fechada por manifestantes

Os policiais da PRF também participaram do movimento grevista. Segundo o diretor parlamentar da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Renato Antônio Borges Dias, os servidores da Polícia Federal (PF), PRF e da Receita Federal não irão fazer greve, mas iniciarão a operação padrão.

A BR-153, no sentido Anápolis/Aparecida de Goiânia foi fechada durante 18 minutos por servidores públicos federais na manhã desta terça-feira (31). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o bloqueio causou um congestionamento de cinco quilômetros.

A manifestação tem como principal reivindicação a suspensão da apresentação das propostas de aumento de salários e melhorias do Governo Federal, agendada para esta terça-feira (31). Mas o governo desmarcou todas as reuniões. O movimento grevista começou em meados do mês de junho.

Os professores e os servidores técnicos administrativos da Universidade Federal de Goiás (UFG) também agregaram ao movimento, bem como os servidores do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), do Incra, da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do núcleo do Ministério da Saúde (cedidos ao Estado e aos municípios), da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem), do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e das Agências Reguladoras Anvisa e Anatel.

Reivindicações

Para o professor da UFG e representante do comando de greve local, Humberto Climaco, a principal reivindicação é a correção do plano de carreira e o aumento salarial para toda a categoria. Nacionalmente, a greve dos professores iniciou no dia 12 de maio, mas em Goiás a paralisação começou no dia 11 de junho. Já a greve dos servidores técnicos-administrativos da UFG iniciou no dia 12 do mesmo mês.

O representante dos servidores do MDA e do Incra, Rodrigo Gonçalves, explica que a categoria deseja mais concursos públicos para os órgãos e a reestruturação da carreira. “Em todo o Brasil, 40% do total contingente vão se aposentar até o fim de 2013”. Os funcionários do MDA e Incra entraram de greve no dia 18 de junho.

Os policiais da PRF também participaram do movimento grevista. Segundo o diretor parlamentar da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, Renato Antônio Borges Dias, os servidores da Polícia Federal (PF), PRF e da Receita Federal não irão fazer greve, mas iniciarão a operação padrão.

Com isso o procedimento é de que todos os carros nas rodovias federais sejam parados e revistados. Já no aeroporto, todos passageiros terão as malas abertas e revistadas. “O governo, às vezes, prefere a greve à operação padrão”, comenta.  

Congestionamento

Carros de passeio, motos, ônibus, caminhões e ambulâncias ficaram presos no congestionamento. Apenas nos primeiros três minutos de manifestação, o congestionamento já era de um quilômetro. Seis minutos depois, era de quase três quilômetros.

Os motoristas acionaram as buzinas, mostrando reprovar o movimento. Os motociclistas, que tentavam sair da rodovia por uma pista sem asfalto e lateral, foram multados pelos agentes da PRF.

O taxista José Antônio, de 56 anos, seguia para as proximidades do Buriti Shopping, em Aparecida de Goiânia, quando foi parado pelo bloqueio dos manifestantes. Ele conta que o passageiro tem urgência para chegar ao destino porque tem um parente doente. “É uma emergência, fechar a rodovia atrapalha. O passageiro quer me agredir”, conta.   

O carpinteiro Roberto Ferreira, 52, seguia em sua motocicleta pela pista da rodovia no sentido Aparecida de Goiânia quando também foi parado pelo bloqueio. O motoqueiro entrou na ilha e seguiu no sentido contrário. “Tenho meus afazeres, como todos os que estão parados. Meus dois filhos estão sozinhos em casa.”

O carpinteiro é favorável à greve, desde que não prejudique o cidadão comum. “Se tiver uma pessoa dentro de uma ambulância, ela morre. A greve deve ser organizada. A sociedade deve ser avisada das ações”, finaliza o motorista.

Fonte: O Hoje

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