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jul/2015

Caminhoneiros têm veículos retidos na BR-153 por falta de curso

Quinze caminhões foram retidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e ficaram parados em um posto de combustíveis na BR-153, em Porangatu, no norte do estado. Segundo a corporação, os condutores foram impedidos de seguir viagem, desde a última segunda-feira (27), por falta de um curso de especialização para o transporte de cargas com peso ou tamanho excedentes.

Um deles é o motorista André Menezes Reis, que partiu do Rio Grande do Sul com destino ao Tocantins. Ele tem um documento expedido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), porém, não tem o certificado do curso. “Eles liberaram a licença para a gente viajar, mas não pediram curso. Se tivessem, eu tinha feito antes, não tinha nem saído”, reclamou.

A resolução que exige um curso para o transporte das cargas indivisíveis foi estabelecida pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), em 2008. “O prazo para que todos tivessem esse curso foi adiado várias vezes e, em 2014, a resolução fixou o limite até 30 de junho deste ano. Sendo assim, a partir do dia 1º de julho, o certificado passou a ser obrigatório”, explicou o policial rodoviário federal Cristovão Gomes.
O motorista Adriano dos Santos conta que aproveitou as férias escolares para levar a família junto durante a viagem. No entanto, não imaginava que ficaria parado em um posto. “A minha família está aqui se estressando”, lamentou.

Uma empresa localizada em Porangatu oferece o curso que precisa ser feito pelos motoristas no valor de R$ 350. O problema é que as turmas precisam ter, no mínimo, 20 participantes. “Precisamos de 20 a 25 alunos em sala, ou fica difícil viabilizar o instrutor, já que ele tem que sair de Goiânia para ministrar as aulas aqui”, explicou o organizador do curso, Ari Melchior. Enquanto o impasse não é resolvido, os motoristas pedem mais um prazo para resolverem a situação. “A gente queria que eles [PRF] nos notificassem e dessem um tempo para fazer o curso”, pediu o motorista Leandro Silva.

Gomes destacou que a PRF não pode estender prazos. “Não podemos legislar sobre a lei. Além disso, os motoristas tiveram bastante tempo para se adequar e cabe a eles e as empresas se certificarem sobre o curso, que tem uma carga horária de 50 horas”.
Ainda de acordo com a PRF, desde terça-feira (28), as empresas começaram a enviar motoristas que portavam o documento e alguns caminhões já foram liberados.

Assista ao vídeo na reportagem

Fonte: G1 Goiás

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