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mar/2012

Campanha Salarial Unificada dos Servidores públicos federais 2012

Servidores públicos federais se mobilizam e travam uma nova luta para pressionar o governo, que se mostra intransigente em relação ao atendimento das reivindicações da categoria, em busca de melhores salários e condições de trabalho. A Campanha Salarial foi intensificada desde o início de 2012, com a consolidação das propostas que foram protocoladas no Ministério do Planejamento, Secretaria Geral da Presidência da República, Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Congresso Nacional.

A jornada de mobilização terá com momento importante a grande Marcha Nacional a Brasília, no dia 28 de março, quando os servidores federais vão reafirmar a necessidade de uma política salarial imediata para todo o funcionalismo. Há uma ampla da reposição linear emergencial de 22,08%, o que leva a todos a uma boa expectativa da possibilidade de um movimento de fato unificado. As distorções são muito profundas entre as diversas carreiras, porém o ponto de unidade está no processo de corrosão salarial que todos estão sofrendo, sendo necessária uma recuperação urgente do poder de compra desses salários.

O governo tenta armar uma grande armadilha e culpa a imprevisibilidade da crise mundial, que vem impedindo a concretização de compromissos de longo prazo. O governo argumenta ainda que não possui uma avaliação dos recursos disponíveis para uma futura concessão salarial que contemple à categoria. Nas reuniões realizadas com representantes de entidades que defendem os servidores públicos, o governo deixa bem claro que não pensa em reposição linear .

Na verdade, esse argumento serve para agir preventivamente e atacar os direitos dos servidores. Enquanto isso o governo destina cerca de 47% do orçamento para remunerar os banqueiros e especuladores do mercado financeiro. A mobilização continua sem avanço nas negociações apresentadas desde 2011, por meio da pauta geral de reivindicações dos servidores. À época, o falecido secretário Duvanier Paiva, disse que não havia espaço para negociação de um índice linear e propôs mesas setoriais. As entidades se voltaram para o específico e o governo concedeu apenas algumas migalhas para poucas carreiras. Além disso, tratou duramente as greves das universidades, da nossa Rede e judiciário federal
Diante da situação de indiferença, o Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Federais já definiu como prioridade o fortalecimento da mobilização e das atividades nos estados, que resultarão no êxito da grande Marcha Nacional, no dia 28 de março.

O momento é de mobilização para construção de novas rodadas de negociação que possibilitem reinaugurar um processo de negociação com as categorias para discutir um reajuste definitivo, e garantir avanços já para 2012 e a inclusão na Proposta Orçamentária de 2013 de recursos que atendam a política salarial e de benefícios que defendemos.

Vamos todos unir esforços contra o arrocho salarial.

Fonte: Cada Minuto

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