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ago/2014

Comunicação: Ferramenta estratégica para a luta dos trabalhadores

Muito se fala e se debate sobre a importância da comunicação nos sindicatos. É algo que fica ainda mais evidenciado quando as entidades, nos planejamentos de gestão, refletem um pouco mais sobre sua atuação e insuficiências. A comunicação – ou a falta dela –, em geral, aparece como um problema a ser enfrentado e solucionado. Nota-se, também, uma enorme dificuldade nas direções sindicais quanto à identificação das medidas necessárias e do caminho a seguir para enfrentar o problema.

Há duas questões que são decisivas para seguir adiante: a decisão política da direção sindical visando à construção de uma política de comunicação que realmente faça a diferença e, consequentemente, a disposição para a sua realização com o investimento necessário. Neste sentido, é imprescindível que a comunicação deixe de ser encarada como uma atividade meramente instrumental.

O que se almeja, na verdade, é a existência de uma política de comunicação capaz de refletir as principais decisões da organização dos trabalhadores. Deve ser atualizada e ter a capacidade de operar segundo as melhores práticas e técnicas e precisa ser bem resolvida quanto à forma e ao conteúdo. Ou seja, para que de fato faça a diferença na disputa pela hegemonia, a comunicação deve ser feita com um alto nível de qualidade. Cabe à entidade sindical, portanto, ter estruturas e profissionais adequados e um plano de comunicação bem definido.

Um cenário que exige mais comunicação

O mundo, assim como o Brasil, mudou muito nas últimas décadas e a luta social e política dos trabalhadores e seus sindicatos têm sido fundamentais para isso. Mas esses mesmos sindicatos, que são comprometidos com um projeto transformador baseado na visão dos trabalhadores, necessitam de reposicionamento permanente diante dos novos desafios da luta de classes neste contexto contemporâneo.

O sindicalismo dos anos de 1980, que foi marcado pela combatividade e impulsionado pela luta democrática e as grandes greves, teve sua importância histórica fundamental, mas hoje não é mais adequado como padrão. Assim como o sindicalismo dos anos de 1990, que foi caracterizado pela luta de resistência ao neoliberalismo. Nos anos de 2000, com a derrota do neoliberalismo e o advento de governos vinculados ao campo da esquerda – os governos de Lula e, agora, de Dilma –, um novo cenário se colocou: impulsionar a luta transformadora, aprofundando conquistas e garantindo as mudanças que o país precisa, tendo intrínseco o sentido estratégico que é aproximar a nação daquele projeto histórico da classe – o socialismo.

O novo padrão da luta sindical para o momento atual é dos mais desafiadores: trata-se de uma ação sindical que precisa ser combativa, independente, moderna e, ao mesmo tempo, ter a capacidade de criar novos espaços de relação com os trabalhadores, suas famílias e dialogar mais amplamente com a sociedade. A comunicação se impõe como ferramenta essencial e estratégica nesta jornada.

Igualmente, acentuou-se muito nas últimas décadas, ao lado da evolução tecnológica das comunicações, a concentração e o poder da “grande mídia”, que passou a se comportar, cada vez mais, como “partido da direita”, em sintonia com os setores conservadores e com a manutenção dos interesses hegemônicos do capital.

Superar a defasagem

As entidades sindicais foram, no entanto, ficando para trás. Ainda debatem pouco a comunicação social, sua legislação, entraves e limitações democráticas. De outro lado, desenvolveram pouco seus sistemas próprios de comunicação, que estão desatualizados. Enquanto as tecnologias da comunicação deram passos largos nesses últimos anos, são raríssimos os exemplos de sindicatos que realmente aprofundaram a reflexão sobre a comunicação no seu dia a dia e que valorizam e investem na área.

Em geral, as entidades sindicais ainda subestimam o papel da comunicação como elemento fundamental na luta de ideias e mobilizadora da classe e da sociedade. Há pouca clareza acerca das características próprias deste tipo de comunicação (a comunicação alternativa ou contra-hegemônica) e seu potencial. Como há pouco investimento, os setores de comunicação das entidades são precários estruturalmente e o resultado, por óbvio, também é limitado. Não se dá o tratamento técnico adequado e as mensagens possuem pouca qualidade formal. Além disso, padecem de conteúdo truncado, ou seja, a mensagem não é atraente e não estabelece uma real conexão com o que realmente importa: a política da entidade.

Mesmo para efeitos de comparação, ao examinar o padrão de investimento e qualidade de produção da mídia hegemônica no Brasil, e mesmo o padrão da comunicação empresarial, não restam dúvidas: cabe aos trabalhadores superar o atraso e desenvolver mais e melhor suas políticas de comunicação.

Na medida em que a sociedade se complexifica, com os novos perfis de trabalhadores, isso se torna cada vez mais imprescindível. É necessário, por meio de pesquisas, conhecer melhor estes trabalhadores e identificar como a sociedade percebe a entidade sindical e suas bandeiras de luta. A partir daí, trabalhar a imagem da entidade frente à sua base e à sociedade de maneira planejada, posicionando-a e estabelecendo metas de crescimento e influência, assim como estabelecer canais de comunicação democráticos, que permitam o reconhecimento e a participação ativa dos trabalhadores e da sociedade, entre outras questões. Portanto, no mundo atual, não é possível pensar em um sindicalismo “combativo” sem que haja investimento em comunicação. Hoje em dia, para a consecução da luta dos trabalhadores, também é necessário se levar em conta o alto grau de sofisticação dos processos de construção simbólica existentes na sociedade, em especial no mundo do trabalho.

É claro que uma política de comunicação mais avançada – de caráter estratégico – depende da capacidade e do nível de combatividade da direção sindical e sua sintonia com os desafios dos trabalhadores num cenário cada vez mais dinâmico: dia após dia, os trabalhadores exigem  mais respostas aos seus interesses imediatos, por salários, empregos mais duradouros e direitos. Uma conjuntura que também é marcada pela ascendência ao poder político da nação de um governo mais identificado com as lutas dos trabalhadores. Em meio a tudo isso, outro traço fundamental deste período é a crise do capitalismo. São componentes que ampliam a responsabilidade das organizações sindicais que precisam dar respostas às lutas imediatas e aos objetivos históricos da classe. Só há o que comunicar se houver fato, uma ação sindical adequada, atualizada e necessária a este momento histórico.

O economista Márcio Pochmann, no 4º Encontro Nacional de Comunicação da Fenajufe (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União), em março de 2008, criticou o modo de organização sindical atual. Para ele, o sindicalismo de hoje é a representação do passado e assume uma postura patrimonialista mais do que de agente transformador do modo de vida dos trabalhadores. Para ele, num país em que não existe “opinião pública”, mas opinião “publicada”, estamos perdendo o jogo. “A comunicação é chave, a disputa pela opinião é chave. Na década de 80, os sindicatos concorriam com os Correios em credibilidade, hoje os sindicatos (e os Correios, inclusive) perderam a credibilidade e os empresários (que antes não tinham) ganham credibilidade. Não podemos continuar reproduzindo o passado.” Para Pochmann, os sindicatos devem investir mais na disputa pelo tempo livre do trabalhador, com a criação de centros de sociabilidade, e ter uma imprensa sindical mais integrada, que realmente assuma uma pauta de interesse da classe. Em outras palavras, trata-se de disputar a subjetividade da classe, que está permanentemente “bombardeada” pela grande mídia e o apelo do consumo em “shopping centers com ar refrigerado”.

Seguindo essa mesma linha, o sociólogo Giovanni Alves, doutor em Ciências Sociais pela Unicamp, considera que com o toyotismo (modo de organização da produção capitalista originário do Japão, surgido nas fábricas da montadora de automóvel Toyota, quer tinha como elemento principal a flexibilização da produção) tende a ocorrer uma racionalização do trabalho que, por se instaurar sob o capitalismo manipulatório, constitui-se, em seus nexos essenciais, por meio da inserção engajada do trabalho assalariado na produção do capital: o chamado “engajamento estimulado”. Ocorre uma nova orientação na constituição da racionalização do trabalho, com a produção capitalista, sob as injunções da mundialização do capital, exigindo, mais do que nunca, a captura integral da subjetividade operária (o que explica, portanto, os impulsos desesperados – e contraditórios – do capital para conseguir a parceria com o trabalho assalariado).

Ainda segundo Alves, múltiplas formas de fetichizações e reificações poluem e permeiam o mundo do trabalho, com repercussões enormes na vida fora do trabalho, na esfera da reprodução societal, na qual o consumo de mercadorias, materiais ou imateriais, também está em enorme medida estruturado pelo capital. Dos serviços públicos cada vez mais privatizados, até o turismo, no qual o “tempo livre” é instigado a ser gasto no consumo dos shopping centers, são enormes as evidências do domínio do capital na vida fora do trabalho, que colocam obstáculos ao desenvolvimento de uma subjetividade autêntica, ou seja, uma subjetividade capaz de aspirar a uma personalidade não mais particular nem meramente reduzida à sua “particularidade”. A alienação/estranhamento e os novos fetichismos que permeiam o mundo do trabalho tendem a impedir a autodeterminação da personalidade e a multiplicidade de suas qualidades e atividades.

Mas o que é mesmo que a comunicação tem a ver com isso? Tudo, pois cabe aos meios de comunicação de massa reforçar os valores que interessam à manutenção do sistema e seu “status quo”, o estímulo permanente ao consumo desenfreado e à disputa individualista pelo “sucesso” e a manutenção/reforço de estereótipos que desvalorizam minorias e setores sociais.

Estes meios envolvem as pessoas com uma presença de que é difícil escapar. Televisão, rádio, jornal, internet, anúncios de rua, em shopping ou supermercado. Dentro de casa ou no espaço público, a mídia oferece serviços com uma constância que se impõe como necessidade indispensável. Essa onipresença só potencializa a influência da mídia como veiculadora de valores, prioridades e perspectivas hegemônicas.

Comunicação sindical é mídia alternativa

As corporações mundiais e locais da mídia não só agilizam a difusão de notícias no mundo e no país, como elegem os temas e assuntos e editam o material jornalístico que vai para o ar, de maneira que o que está sendo noticiado não está mais, necessariamente, atendendo uma exigência de uma região, ou de um país, ou até de um continente. Vive-se, portanto, um momento em que se faz necessário discutir um pouco mais sobre a importância e o potencial de meios de comunicação alternativos – entre eles a mídia sindical – e a reflexão acerca do papel que desempenham como articuladores de um processo novo, ao mesmo tempo social, estético, cognitivo e tecnológico que pode e deve dar voz àqueles que nunca tiveram, que sempre foram tratados como meros consumidores pela mídia comercial.

Neste cenário, a comunicação sindical se dá – dentro do campo geral das comunicações – como comunicação alternativa ou contra-hegemônica. Ou seja, está posicionada ao lado dos trabalhadores e dos movimentos sociais na luta contra a hegemonia do capital, na defesa de uma sociedade mais justa e culturalmente superior. Uma mídia alternativa que deve buscar quebrar o silêncio, refutar as mentiras propagadas pela grande mídia do capital e trazer à tona a verdade. Um tipo de comunicação que deve utilizar de todos os meios possíveis para exercer o seu papel de fornecer ao público os fatos que lhe são negados. E, além disso, também pesquisar novas formas de desenvolver uma perspectiva de questionamento do processo hegemônico e fortalecer o sentimento de confiança da classe em seu poder de engendrar mudanças construtivas.

Também é um tipo de comunicação que trabalha com o conceito de audiência ativa, ou seja, cultura não se compõe apenas de textos e outros artefatos, mas também do modo como são recebidos e utilizados. Assim como a ideia de que a construção de sentido das mensagens da mídia alternativa se dá a partir de uma cultura de oposição, intrinsecamente ligada à cultura popular, e que esta influencia e é influenciada pela cultura de massa.

Outro aspecto importante que deve ser levado em conta para o tipo de comunicação que as entidades sindicais realizam é a noção de opinião pública. Neste caso, a compreensão de que não há apenas uma opinião pública, e sim várias opiniões que podem estar ligadas a determinados segmentos, espaços geográficos, classes etc. Portanto, é preciso relativizar certa imposição que há na sociedade de que a opinião repetida exaustivamente pelos meios de comunicação do capital refletem por si uma verdade universalizante, que permeia toda a sociedade. Aliás, não são raros os casos em que o real interesse público não bate com as opiniões da grande mídia. Claro que esta abordagem não nega a existência de uma esfera pública burguesa, um conjunto de elementos culturais e simbólicos dominantes na sociedade que são construídos historicamente.

Além disso, também é possível dizer que, em meio à complexidade de interesses existentes na sociedade, principalmente num campo tensional entre o Estado, o capital e as forças produtivas, surge a necessidade de construção de uma verdadeira esfera pública, que atenda aos interesses de uma maioria, ou seja, todos os que vivem do trabalho e estão excluídos do poder e da propriedade dos grandes meios de produção e de comunicação.

Enfrentando o problema

A mudança de padrão requer que a comunicação sindical seja compreendida como área prioritária, ou seja, deve estar presente e acompanhar o processo de debates na direção do sindicato, fazendo parte da cadeia de decisões. Além disso, deve ser configurada em um plano de comunicação. Este será o guia de ações do setor, com a implementação de uma política de comunicação planejada, ligada à estratégia global da entidade.

O plano, na sua dimensão tática, precisa configurar um sistema de atuação, ou seja, um conjunto de procedimentos técnicos que serão executados de maneira integrada garantindo a unidade das diversas áreas da comunicação – jornalismo, publicidade e relações públicas – e de discursos, para que todos os canais falem a mesma linguagem e se complementem com estratégia de comunicação.

Uma política de comunicação, definida e executada com um plano estratégico, confere à área outra realidade: ela deixa de ser apenas um instrumento secundário, do qual se lança mão quando é necessário fazer o cartaz de uma determinada campanha ou o jornal daquele mês ou semana. Nessas condições, a comunicação passa a ter uma condição superior, integrada na gestão estratégica e na fixação de atributos de imagem de maneira controlada, sintonizada com a identidade do sindicato, sua história, posicionamento e características políticas da sua direção.

Elementos que conferem dimensão estratégica à comunicação das entidades sindicais:

–  Inserção da comunicação na cadeia de decisões

Requisito que serve para orientar a análise de situações e cenários implicados na ação da entidade; é fundamental para a adoção de mecanismos que considerem a consecução dessas ações. É claro que o envolvimento da comunicação no processo de decisões decorre do entendimento da alta direção sobre a sua função estratégica na gestão da organização.

–  Tratamento processual da comunicação

A comunicação deve ser vista como um processo cumulativo na construção da identidade e da imagem da entidade.

–  Comunicação integrada

Deve ser integrada nos subcampos do jornalismo, publicidade e propaganda e relações públicas. Cada área possui suas especificidades. Estas precisam ser geridas de maneira integrada – com unidade – no sentido de garantir alta qualidade nos processos, na forma e no conteúdo das mensagens.

–  Pesquisas

Adoção de pesquisas qualitativas e quantitativas para um conhecimento mais preciso e profundo da conjuntura, do ambiente e dos públicos atingidos: os trabalhadores e a sociedade.

–  Uso sistemático do planejamento

O alinhamento e o apoio efetivo da comunicação aos objetivos e estratégias da entidade requerem intencionalidade e sistematização, pautados em um planejamento estratégico e programas de ação/rotinas de trabalho que assegurem a sinergia dessa relação.

A realização de uma política de comunicação sindical moderna deve ter algumas características:

Investimento em canais próprios e meios alternativos

Significa dizer que cabe às entidades sindicais possuir fortes canais próprios de comunicação, além de empreender a construção de canais alternativos conjuntos, com os demais sindicatos e organizações sociais aliadas, por exemplo, rádios e TVs comunitárias, portais na web, blogs.

–  Política para utilização da mídia de massas

É necessário ter política de comunicação de alto impacto para atingir os trabalhadores e/ou a sociedade como um todo, já que há momentos em que se requer a generalização de conteúdos e ampla mobilização de massas. Por outro lado, ao se investir na criação de conteúdos independentes ligados aos interesses da classe trabalhadora para veículação na mídia comercial, é possível estabelecer laços com os trabalhadores destes meios (no caso jornalistas, editores etc.) e até neutralizar movimentos conservadores oriundos destas empresas. Como diz a letra da canção “Sueño con Serpientes”, de Milton Nascimento: “Esta afin me enguye, y mientras por su esofago. Paseo, voy pensando en qué vendrá. Pero se destruye cuando llego a su estomago. Y planteo con un verso una verdad“.

–  Luta pela democratização da comunicação

Mobilização em torno da luta por uma nova configuração legal para o sistema de comunicação do país. O Brasil vive um momento em que se faz necessária a reorganização do sistema de mídia, seja porque as mudanças tecnológicas exigem isso, seja também porque parece ter início um processo de distanciamento entre os interesses dos grandes meios de comunicação do capital e os reais interesses e necessidades do público. E os trabalhadores são os maiores interessados em um sistema de mídia mais democrático no Brasil.

–  Web e suas potencialidades democráticas

Há um enorme universo de comunicação a ser explorado pelo movimento sindical, que vai das experiências das páginas, blogs, microblogs, rádio e TV na web, até a utilização de celulares e outros meios digitais. É uma nova cultura da comunicação que cresce exponencialmente, ainda sob o princípio da liberdade, algo que deve ser muito mais utilizado além de ser defendido e incorporado entre as bandeiras de luta dos trabalhadores.

Conclusões

Há uma necessidade que se impõe com cada vez mais força nas entidades sindicais dos trabalhadores: superar a nítida defasagem em que se encontram no campo da comunicação. Está chegando ao mercado de trabalho em novo tipo de trabalhador, cada vez mais bem preparado tecnicamente, mais exigente, voltado para o consumo e mais conectado ao mundo das comunicações, sobretudo na internet.

Somente a partir de uma visão mais clara sobre o papel atual e estratégico da comunicação é possível mudar a compreensão errada de que esta significa custo, de que é gasto improdutivo. Comunicação é investimento cumulativo que reforça o esforço global da entidade na realização dos seus principais objetivos, de curto, médio e longo prazos. Uma política de comunicação bem executada tem papel decisivo no posicionamento da marca da entidade e da sua direção no cenário social, seja diante das categorias de trabalhadores representados, seja na sociedade como um todo. Isso reforça, e muito, a luta transformadora da classe.

Este investimento deve ser o suficiente para permitir a construção de uma política de comunicação com ações efetivas, claramente definidas, planejadas e executadas por profissionais valorizados, tendo por base uma ferramenta prática de trabalho: o plano estratégico de comunicação.

A comunicação sindical pode configurar-se em um espaço vivo e criativo. Mas isso depende da compreensão das direções sindicais e de uma nova atitude que vise o fortalecimento do sindicato e da luta contra-hegemônica frente ao capital, e por uma sociedade mais justa, socialista.

Clomar Porto – Jornalista

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