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jul/2015

CSPB, FenaPRF e entidades debatem reajuste dos servidores federais no Planejameto

Dirigentes da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil – CSPB, acompanhados de representantes das entidades de base entre os servidores federais, reuniram-se, nesta quinta-feira (23), com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Sérgio Mendonça. A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) também participou do encontro, para debater o reajuste salarial e de benefícios que o governo está propondo aos servidores federais.

A reunião, no entanto, encerrou sem um acordo quanto à proposta de reajuste. Após o debate, as entidades se reuniram na CSPB para deliberar uma nova estratégia de mobilizações e de pressão junto ao governo como meio de viabilizar um acordo que não traga mais prejuízos aos servidores.

Presidente da FenaPRF pede avanço nas negociações setoriais e a marcação de novas reuniões – Agência FenaPRF

O Planejamento se comprometeu a entregar um calendário até sexta-feira (24) com datas das reuniões para as negociações setoriais. As entidades federais já haviam optado, em reunião ocorrida ontem (22), na sede da CSPB, por rejeitar a proposta do governo de reajustar os salários dos servidores federais em 21,3% parcelados em 4 anos. “Calejados” com um acordo similar fechado em 2012, os sindicalistas perceberam que, na prática, a “desastrosa” experiência acarretou, nos últimos três anos, prejuízos que permanecem sem ser reparados à categoria dos servidores federais.

Diante da inflexibilidade do governo em apresentar uma proposta que atenda minimamente as reivindicações da categoria, a CSPB segue com a estratégia de apoiar as negociações específicas de suas entidades federais filiadas e parceiras. Essas entidades sinalizam, também, com a possibilidade de uma greve geral unificada caso o governo permaneça sem avançar nas negociações. O secretário-geral da CSPB, no entanto, marcou posição: “O governo está mantendo a mesma fórmula que já foi utilizada anteriormente. O posicionamento de nossas entidades, é de que a proposta, tal como apresentada, se torna inviável para o encaminhamento junto as nossas bases”, argumentou Lineu Mazano.

Já o diretor de Assuntos Legislativos da CSPB, João Paulo Ribeiro (JP), criticou a postura do governo de aceitar a fragmentação das entidades federais nas negociações. “Nos causou estranheza o fato de o governo ter respaldado determinada parcela das entidades federais, desagregando o conjunto das categorias e, por óbvio, enfraquecendo o poder de barganha e de negociação dos servidores. Isso não colabora com o avanço nas negociações e coloca sob suspeita os reais objetivos desses encontros”, alertou.

Já o presidente da FenaPRF, Pedro Cavalcanti, alertou para a “desorganização sindical” agravada pela falta de regulamentação que defina os critérios de representação das categorias e solicitou a imediata definição de datas para as negociações setoriais. “Precisamos regulamentar a organização sindical de maneira a facilitar as negociações entre governo e as entidades. Os sindicalistas contribuíram muito para a redemocratização do país. No entanto, o que observamos de resultado da nossa recente democracia é que o mundo do trabalho, gradativamente, está sendo desvalorizado e perdendo espaço nas esferas de decisão. Temos que aproveitar essa janela para avançar nas pautas que, nas atuais circunstâncias, não oneram o orçamento e podem ser atendidas pelo governo”, disse.

Fonte: CSPB

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