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jan/2013

Descaso ou incompetência?!

As rodovias federais que cortam o nosso estado e imenso país infelizmente têm se tornado palco de diversos crimes onde os marginais portam armamento cada vez mais pesado (calibres 7,62mm, .30 e .50), lançando mão inclusive de explosivos em suas ações, deixando as forças policiais, principalmente nossa PRF, em condições desiguais, demonstrando supremacia de força em relação ao Estado Brasileiro. Fato ocorrido na circunscrição da 4ª Delegacia PRF – Diamantino, quando nossa viatura foi alvejada por marginais do “novo cangaço” com tiro de calibre 7,62 mm, corroboram tal afirmativa.

Como é de conhecimento da grande maioria dos Policiais Rodoviários Federais Brasil afora, no início do ano que se encerrou, o DPRF adquiriu diversas armas do tipo submetralhadora em calibre .40 S&W do fabricante Forjas Taurus – Modelo SMT 40. Para operar referido armamento (assim como outros), o Departamento exige capacitação. Entretanto a mesma Polícia que adquire este armamento e exige capacitação para a sua legal utilização, não capacita seu efetivo. O cenário atual é sabido: armas novas e modernas enferrujando nas Superintendências (será que terão mesmo destino dos aparelhos de raio X do PAN?). Enquanto isto, Policiais que labutam nas Bases Operacionais (atividade-fim) e arriscam diuturnamente a sua vida para salvaguardar a vida dos cidadãos, têm disponibilizado pela Direção, armamento ultrapassado, defectíveis e obsoletos (caso das velhas espingardas calibre 12 e das problemáticas carabinas CT 40), sem manutenção, seja preventiva ou mesmo corretiva.

Esta situação caótica ocorreu em função de nossos gestores não adquirirem munição para a capacitação. Todos os instrutores de armamento e tiro do DPRF/MJ já estão capacitados a ministrarem citada instrução, inclusive os novos PRF’s formados neste ano (CFP 2012.1 e .2) já tiveram treinamento e estão aptos a operar a nova arma. Importante salientar que, ao final do CFP PRF 2012.1 os instrutores de arma longa formularam os planos de aula e de disciplina para instrução de todo o efetivo nas Regionais.

Situação estranha ocorre com o processo de aquisição de armamento longo em calibre 5,56 mm para os grupos táticos do DPRF (DCC, NOE’s e GPT’s). A última e única aquisição ocorreu na gestão do saudoso General Álvaro (com a criação da DOA – Divisão de Operações Aéreas), no século passado (1.999) quando foram adquiridas as carabinas XM 15 da Bushmaster. Hoje, os Grupos supracitados, só dispõem de armamento em calibre 5,56 mm graças à atuação dos mesmos nos Jogos Pan e Para-Panamericanos, quando a SENASP/MJ acautelou ao DPRF algumas unidades da carabina/fuzil IMBEL MD 97 (adquiridos para a Força Nacional). Mais uma vez é importante frisar que desde de 2007 existe verba para a aquisição, porém a mesma CGA (Coordenação Geral de Administração) comandada pelo atual Coordenador (desde a era DERENNE) que não adquiriu munição para proporcionar treinamento com a SMT 40, não consegue finalizar esse processo de compra (parece que finalmente este ano sai ?!).

Enquanto isso, a vida dos colegas está nas mãos da Direção do DPRF.

DIRETORIA EXECUTIVA – SINPRF/MT

Fonte: SINPRF/MT

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