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ago/2012

Em greve há mais de dois meses, servidores federais bloqueiam BR 153

Servidores já fizeram manifestação na Estação

Servidores federais do IFTO, UFT, MST, MAB,UNE, IBGE, MST,MDA, além do Incra, Funai e Funasa se reúnem nesta quinta-feira, 9, a partir das 16h, na BR 153 em protesto contra a proposta apresentada pelo Governo Federal que não contempla todas as categorias. A greve dos servidores já ultrapassa 70 dias.

Ao Portal T1 Notícias um dos diretores do comando de greve, Francisco das Chagas de Sousa, revelou que a paralisação é uma forma de chamar a atenção do poder público e também da sociedade civil para o descaso em torno das negociações e os motivos da greve.

“Estamos há vários meses tentando uma resolução mais o governo está em total descaso com a categoria. Não concordamos com o plano apresentado, pois ele não contempla toda a categoria”, relatou Chagas.

Proposta

Nesta última quarta-feira, 1, o Ministério da Educação divulgou uma nota à impressa. O ministro Aloizio Mercadante pediu que os profissionais analisassem com cautela o que foi proposto pelo governo.

O plano prevê reajuste mínimo de 25% e máximo de 40% nos salários, dividido em três parcelas anuais, a partir de março de 2013, na proporção de 40%, 30% e 30%.

Nesta segunda-feira, 6, foram abertas as negociações com os servidores e técnicos administrativos das universidades e institutos federais.

Ação

A ação será realizada amanhã (09), a partir das 16hs, nos Postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF), próximos às cidades de Gurupi, Paraíso e Guarai no Estado do Tocantins. Os manifestantes farão panfletagem junto aos usuários da rodovia. A ideia é trazer, ao conhecimento dos transeuntes, as razões que motivaram a greve nacional e generalizada dos servidores federais e da educação. A medida faz parte das atividades do movimento grevista unificado do funcionalismo federal.

Representantes

Pelas agências reguladoras, estarão presentes os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), da Agência Nacional das Telecomunicações-Anatel.

O Ato ainda conta com o apoio e participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Tocantins – Sintsep, além dos Policiais Rodoviários Federais (PRF), com greve anunciada para o dia 16 de agosto.

Atividades paradas

Os serviços estão paralisados em 59 Universidades Federais. A greve atinge também 39 Institutos Federais em 26 estados. No IBGE, cerca de 60% das 580 unidades estão com suas atividades detenças. Na Funai estão paradas 15 unidades regionais em 10 estados, além de 14 unidades locais, da sede do órgão e do museu do índio. O DNPM está com seus trabalhos interrompidos em 26 estados da federação. No Incra estão paralisadas 28 superintendências.

Os grevistas reivindicam

1) Reposição das perdas inflacionárias dos últimos anos. No caso da Incra e DNPM, a equiparação salarial com as carreiras do Ministério da Agricultura e agências reguladoras, respectivamente;

2) Melhores condições de trabalho, aumento do efetivo e estruturação das carreiras;

3) Data Base para reposição da inflação, para que não sejam necessárias futuras greves, com o objetivo de garantir o poder de compra do servidor;

4) Melhoria na infraestrutura dos órgãos em estado de precarização;

5) Revogação imediata das propostas legislativas que retire direitos dos servidores ou contrários aos direitos dos povos indígenas e assentados;

6) O setor da educação defende ainda a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação.

Fonte: T1 Notícias

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