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nov/2017

Emendas custam quase 15% a mais do que Governo irá economizar com servidores públicos

O Governo Federal publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (31), mais uma medida que atinge à categoria e, diretamente, toda a sociedade. O reajuste salarial prometido pelo governo, que começaria a valer a partir de 2018, foi adiado. Além disso, há um aumento da contribuição previdenciárias aos servidores.

O argumento do Governo é o corte de gastos e estimativa de aumento da arrecadação para 2018.

Anunciadas em agosto, o pacote de maldades do Governo Federal foi publicado somente nesta terça-feira devido a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer.

Nesse hiato, entre setembro e outubro, várias emendas parlamentares foram aprovadas pelo Governo, gerando um empenho de quase R$ 1,1 bilhão. Em julho, antes do anúncio do pacote, já havia sido liberado outros R$ 1,8 bilhões em emendas, às vésperas da primeira denúncia contra o presidente. Em 2017, já foram liberados R$ 5,2 bilhões em emendas.

Curiosamente, o valor no qual o Governo espera economizar no ano que vem é de R$ 4,4 bilhões, 15,3% a menos do que foi gasto com as emendas.

Entre os ajustes do pacote de maldades, está o adiamento em um ano do reajuste salarial dos servidores públicos, aliado a um aumento de impostos de 14% de contribuição previdenciária, o que deve gerar aos cofres do Governo R$ 2,2 bilhões em 2018.

Além da Polícia Rodoviária Federal, foram atingidas neste pacote de maldades: docentes, policiais federais, civis e militares, carreiras jurídicas, servidores do Banco do Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários, do IPEA, do IBGE, auditores da Receita Federal e do Trabalho, peritos do INSS, diplomatas e oficiais de chancelaria.

A estimativa do governo é um lucro de R$ 14,5 bilhões no ano que vem. Curiosamente, a mudança permitiu ao governo elevar o teto para o rombo de suas contas em 2018 em R$ 44,5 bilhões – indo agora para R$ 159 bilhões.

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