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dez/2016

Entidades Policiais fazem campanha publicitária de divulgação da condição diferenciada da atividade policial

Foto: Agência Fenapef

Na tarde de ontem, 1, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e juntamente com a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) se reuniram para dar prosseguimento às discussões de ações de publicidade que demonstrem a condição diferenciada da atividade policial e buscar sua valorização e reconhecimento pela sociedade.

Morre um policial no Brasil a cada 17 horas, segundo “mortômetro” divulgado pela Ordem dos Policiais do Brasil. A criminalidade vem cada vez mais perseguindo os policiais e fazendo com que ele seja um alvo 24 horas por dia, durante o expediente e fora dele, inclusive depois que se aposenta, ele leva essa condição para toda a vida.

Estudos apontam que a profissão de policial no Brasil é a mais estressante de todos os ofícios, uma vez que estão entre os profissionais que mais sofrem tensão no trabalho, por estarem constantemente expostos ao perigo e agressões, no enfrentamento de situações de conflito, que demandam sua pronta intervenção.

Os policiais trabalham em escalas que são definidas a partir da dinâmica das atividades e que em muitas vezes excedem o horário normal de trabalho e exigem turnos excedentes, sobreavisos e plantões. É grande o número de doenças físicas e psicológicas decorrentes do exercício da atividade e além dessas adversidades inerentes à atividade policial, as instituições policiais, em geral, não dispõem de assistência psicológica ou assistência à saúde, o que agrava o quadro de adoecimentos e mortes, inclusive por suicídio.

As entidades esperam que o Governo não deixe de considerar essas condições diferenciadas de trabalho dos policiais no projeto de reforma da previdência que vem sendo anunciado. Atualmente a Constituição Federal diferencia em cinco anos o tempo de aposentadoria para os servidores que exercem atividade com risco de vida, como é o caso dos servidores policiais, repetindo o que se aplica mundialmente para os profissionais da área.

A Fenapef, FenaPRF e Sinpol/DF realizaram uma parceria e contrataram o estudo da expectativa de vida dos policiais federais, policiais rodoviários federais e policiais civis do Distrito Federal que está sendo realizado pela Fundação Getúlio Vargas – FGV.

Participaram da reunião o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais Luís Antônio Boudens, o vice-presidente da Fenapef e presidente do Sindipol/DF Flávio Werneck, a Diretora de Comunicação da Fenapef e Diretora da OPB Magne Cristine, o Diretor de Estratégia Sindical da Fenapef, Júlio César, o Presidente da FenaPRF, Pedro Calvalcanti, e o representante da empresa de comunicação responsável pelo projeto de publicidade.

Fonte: Agência Fenapef

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