A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), ao tempo que presta total apoio aos policiais rodoviários federais do grupo de motociclistas, lamenta profundamente a atitude unilateral do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que ordenou a suspensão dos trabalhos da PRF nas escoltas do Papa nos eventos da Jornada Mundial da Juventude. Esses profissionais são merecedores incondicionais do reconhecimento geral da sociedade brasileira pelo qualificado serviço que sempre foi prestado, tanto no policiamento das estradas federais quanto nos serviços de escolta e segurança de autoridades.
Ficou patente, conforme demonstrado pela imprensa e em nota do próprio Ministério da Justiça, através da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos – SEGES – em conjunto com a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, que “a retenção ocorrida na Avenida Presidente Vargas decorreu de uma série de fatores, em especial opções do próprio Vaticano, relativas à visibilidade e ao contato com os peregrinos, manifestadas pelo Papa. A velocidade reduzida do comboio e a janela do veículo aberta são fatos que demonstram o perfil do Pontífice e incentivam a aproximação dos fiéis”.
A própria Prefeitura deixou claro na referida nota que “se comprometeu a reforçar sua representação no Centro de Comando e Controle a partir de amanhã, para agilizar o fluxo de comunicação que permita uma tomada de decisões mais ágil, para evitar que, novamente, uma informação disponível não chegue ao conhecimento da cúpula da Prefeitura.”
Afastada a questão técnica, a que construção social ou política se dá essa decisão?
A FenaPRF, sabendo do clamor de todos os policiais rodoviários federais do Brasil, envidará todos os esforços junto ao MJ e o DPRF para esclarecer os fatos, tendo em vista o inquestionável nível de excelência dos nossos motociclistas, como pode ser visto nos grandes eventos, a exemplo dos Jogos Pan Americanos e da Copa das Confederações.
Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais