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jan/2014

Forças federais temem por segurança na Copa

A cinco meses da Copa do Mundo, sindicatos ligados às forças federais de segurança que vão trabalhar no maior evento esportivo do planeta estão preocupados com a proteção das 32 seleções que estarão no Brasil. Um deles é a FenaPRF (Federação Nacional das Polícias Rodoviárias Federais).

A reclamação é que o efetivo de vigilantes das estradas é baixo. Para suprir essa demanda, é preciso contratar dez mil policiais, o que não vai acontecer até o início dos jogos, em 12 de junho.

De acordo com o presidente do FenaPRF, Pedro da Silva Cavalcanti, existem 10.131 policiais rodoviários federais no país. Esse efetivo é responsável pela fiscalização das estradas federais, de ações policiais e outras atividade nas vias sob responsabilidade da União.

Para a Copa do Mundo, a PRF vai assumir outra posição importante no chamado Planejamento Estratégico de Segurança Pública e de Defesa para a Copa do Mundo Fifa 2014, aprovado em 2012: a escolta das delegações.

Há menos de um mês, um grande esquema de segurança trabalhou na segurança do time dos Estados Unidos, que treinou no Centro de Treinamento do São Paulo, na Barra Funda, Zona Oeste.

Um batalhão de carros das polícias civil e federal, dezenas de agentes e até um helicóptero da Polícia Federal foram usados na escolta. Na Copa, a função da PF será, prioritariamente, de combate ao terrorismo.

“Vai acontecer o seguinte: estados que não vão receber a Copa do Mundo vão perder policiais para estados como São Paulo e Rio de Janeiro. Teremos problema no cumprimento de outras funções primordiais, justamente aquelas que os policiais prometeram cumprir primordialmente” disse Cavalcanti.

Na avaliação do sindicalista, a contratação de mais policiais é a única saída. “No ano passado o Ministério da Justiça nos deu mil funcionários. É bom, mas um outro dado nos preocupa: cerca de 1,5 mil funcionários estão perto da aposentadoria.”

Em nota, a Sesge (Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos), órgão do governo federal responsável pela segurança na Copa, afirmou que serão empregados mais de cem mil agentes na segurança das 12 sedes.

Fonte: Diário de São Paulo

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