Segundo a polícia, apreensão de maconha dobrou na comparação à 2011. Policial explica que traficantes estão mudando rota do tráfico.
Cão farejador da PRF MT (Foto: Divulgação / PRF)
Um levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) aponta que em 2012 foram apreendidas 2,2 toneladas de entorpecentes na rodovias federais de Mato Grosso. Apesar de ser menor do que a quantidade apreendida em 2011, a polícia aponta que a apreensão de maconha praticamente dobrou.
Foram apreendidas 1,42 toneladas de cocaína e 1,181 toneladas de maconha. Em 2011, a PRF apreendeu 591 quilos de maconha, enquanto 1,9 tonelada de cocaína foram apreendidos. Em março daquele ano, policiais apreenderam quase uma tonelada de cocaína de uma única vez. No total havia 935 quilos de cloridrato de cocaína, avaliada em R$ 5 milhões.
O policial rodoviário José Hélio ressalta que pelo menos 90% da maconha apreendida em Mato Grosso é consumida dentro do estado, enquanto a cocaína é distribuída em todo o país. “A maconha esse ano aumentou bastante. Ano passado foi bem menos. Ela vem do Paraguai e sobe para Mato Grosso e é mais para o consumo interno do estado. Já a cocaína faz o caminho inverso. Vem da Bolívia. A cocaína que é consumida no país passa por aqui e vai para Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais e até para o nordeste. Uma pequena parte ficar por aqui”, disse ao G1.
Ainda de acordo com a PRF, grande parte das apreensões de maconha são em Rondonópolis, a 218 quilômetros de Cuiabá, feitas por menores dentro de ônibus. Em março do ano passado, um adolescente de 15 anos foi flagrado transportando 20 quilos de maconha na BR-163. o menor estava em um ônibus coletivo que faz linha intermunicipal entre Campo Grande (MS) e Cuiabá. “Eles servem como mulas. Alguns até usam. E levam a maconha para o norte do país e, principalmente, do estado”, informou. Já a cocaína, segundo José Hélio, é mais apreendida na região de Cáceres, a 250 quilômetros da capital.
“Mas os traficantes não estão mais indo por lá [Cáceres]. Eles estão transportando por Pontes e Lacerda, que está com muitos desvios. Ou subindo até Comodoro e indo por Diamantino, fazendo caminhos alternativos. Porque em Diamantino ele se mistura com um fluxo maior de veículos pesados”, completou.
Em 2012, não houve grandes apreensões da PRF. “ Foram várias de 20 quilos ou 30 quilos. Não teve uma grande quantidade em um único mês”, analisou José Hélio.
Fonte: G1