Um lamentável fato novamente ocorreu no dia de hoje (02). Mais uma notícia sobre práticas ilícitas envolvendo Policiais Rodoviários Federais no estado do Rio de Janeiro.
No dia de ontem (01) o SINPRF/RJ buscou contato durante todo o dia com o Sr. Antonio Werneck, reporter responsável pela matéria veiculada no Jornal OGlobo, para obter informações sobre os fatos e fundamentos da notícia. Somente à noite, por volta das 19:45h, o mesmo fez contato com nossos advogados, informando que se enviássemos uma nota até as 20:30h que ele publicaria hoje.
Pois bem, correndo contra o exíguo tempo, o SINPRF/RJ elaborou a nota e enviou no prazo por ele estabelecido, mas para a surpresa de todos, sacaram pequeno texto do contexto geral e mencionaram na matéria de hoje, construindo assim um verdadeiro pretexto, que não tem nexo com o tema principal da nota enviada para publicação, como se pode conferir abaixo na íntegra da nota enviada.
O SINPRF/RJ já demandou o escritótio de advocacia que o assessora para buscar a reparação e responsabilização pelos atos do jonalista e do próprio Jornal, que não decolou sua matéria requentada, controversa e sensacionalista, pois não alcansou nem a mídia televisiva regional por tão frágil que se apresenta.
NOTA
(enviada em 01/01/2012)
O Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Rio de Janeiro – SINPRF/RJ, usando do seu direito de resposta, vem a público se manifestar quanto à forma como foi veiculada no Jornal OGlobo a notícia a respeito de uma investigação contra integrantes da Polícia Rodoviária Federal em 1º de novembro de 2012.
Inicialmente, cabe ressaltar que o SINPRF/RJ não busca com a presente nota coadunar com nenhum tipo de desvio de conduta de servidores públicos, mas tão somente resguardar a imagem de seus associados que labutam de forma digna, muitas vezes com o sacrifício da própria vida pela segurança da sociedade.
Os desvios devem ser combatidos sim, mas com responsabilidade, principalmente num país em que eclodem escândalos de corrupção a cada momento. Neste fogo cruzado, as instituições democráticas e os bons servidores não precisam pagar o preço da superexposição midiática, que busca sempre o furo da reportagem. Estes não merecem ser olhados por seus vizinhos como prováveis autores já condenados sumariamente na matéria em destaque.
No texto da reportagem nenhuma autoridade quis comentar o caso, o que sugere que pode estar sob segredo de justiça, principalmente se este tramita há três anos pela PF, MP e Judiciário. Caso isso se confirme, significa que houve vazamento de informações sigilosas, o que pode inclusive levar ao fracasso uma provável operação, que não teve sequer seu nome revelado pela matéria.
No ano de 2010 toda a Administração da 5ª Superintendência Regional da PRF/RJ foi substituída, e os fatos narrados na matéria fazem menção ao ano de 2009, não sendo justo que atuais Chefes e policiais que trabalham nas localidades informadas sejam condenados socialmente pelas acusações feitas na matéria em referência, sem nenhum tipo de processo legal, nem fundamento robusto.
A matéria deduzia que iria haver uma grande operação no dia de hoje, mas esta não ocorreu, e não se sabe se ocorrerá, pois isso compete à Justiça. Ademais, em muitos casos a justiça absolve Policiais denunciados, posto que no processo judicial, onde os casos são esmiuçados e onde há a ampla defesa e o contraditório, não se consubstanciam as acusações iniciais, face às inúmeras falhas e injustiças presentes nos inquéritos policiais.
Desta forma, o SINPRF/RJ declara seu repúdio à forma controversa como foi veiculada a matéria, sem sequer ter sido contatado a se pronunciar sobre os fatos, e reafirma seu compromisso em contribuir e lutar sempre para o engrandecimento e defesa dos Policiais Rodoviários Federais e da boa Polícia Cidadã que a sociedade do Rio de Janeiro merece.
Atenciosamente,
Marcelo Novaes de Andrade
Presidente
SINPRF/RJ
Fonte: SINPRF/RJ