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ago/2015

Policiais Rodoviários Federais entram em ‘estado de greve’ em Roraima

Após votação, policiais decidiram ficar em estado permanente de greve. SINPRF/RR informa que atividades e serviços continuam normalmente.

Os trabalhos da PRF em Roraima continuam
normalmente (Foto: Neidiana Oliveira/G1)

O Sindicato de Policiais Rodoviários Federais em Roraima (SINPRF/RR) informou nessa terça-feira (11), que a cetegoria decidiu, por unanimidade, em assembleia geral ocorrida na sexta-feira (7) entrar em estado permanente de greve. A decisão, segundo a presidente do Sindicato Márcia Bergmann, decorre de diversos fatos relacionados à recorrente desvalorização que a carreira vem sofrendo nos últimos anos.

Márcia explicou que a decisão de ‘estado de greve’ não significa que os policiais vão cruzar os braços e deixar de atender a população. Portanto, todos os serviços essenciais necessários serão mantidos. A categoria está em harmonia com os atos nacionais.

“Estado de greve significa que a categoria ainda deposita confiança no Governo Federal e espera um bom resultado nas negociações. No entanto, em não havendo entendimento com o poder máximo do executivo, o sindicato está de prontidão para declarar greve propriamente dita, a qualquer tempo e de acordo com as diretrizes nacionais”, esclareceu a presidente.

Entre as reivindicações da categoria, Márcia ressalta as principais como a falta de reestruturação da carreira, que no final de 2012, foi reconhecida como carreira de estado de nível superior sem que, no entanto, houvesse sido reestruturada a nível de carreira efetiva.

“Hoje um policial rodoviário federal tem em suas atribuições, além de todo o conjunto de exigência de fiscalização de trânsito e outras atribuições que necessitam de conhecimento técnico. Com isso, a categoria quer a reorganização da polícia dentro do serviço público”, disse.

A presidente do Sindicato relatou que entre as demais atribuições inseridas no trabalho do policial Rodoviário Federal estão o atendimento a acidentes com elaboração de Boletim de Ocorrência, que conste o levantamento pericial; auxílio à vítimas, que requer formação específica em atendimento pré-hospitalar e atuação em todas as áreas administrativas do Governo Federal como: recursos humanos, logística, gestão de sistemas e outras.

“Além destas, podemos citar o atendimento a legislação específica por meio de convênios interministeriais como transporte nacional e internacional de carga, passageiros e produtos perigosos, o que requer um elevado conhecimento técnico por parte do policial. Todas estas atribuições necessitam de formação específica”, destacou Márcia.

Segundo ela, para a realização destes atendimentos, o profissional precisa ter conhecimento técnico nas legislações Internacional, Indigenista, Trabalhista, Eleitoral, Fazendária, Penal, Constituição Federal e Estatutos da Criança, do Idoso e demais leis específicas necessárias ao combate e prevenção de crimes, ilícitos e infrações cometidos no âmbito das rodovias federais de Roraima.

Policiais rodoviários federais durante protesto
em Brasília (Foto: Federação Nacional dos Policiais
Rodoviários Federais/Divulgação)

“Mesmo com tantas obrigações e responsabilidades, o policial não recebe o adicional noturno ou hora extra, tendo em vista que trabalha em escala de 24 horas. Os que atuam especificamente nas fronteiras, aguardam há dois anos, o pagamento de indenização de fronteira, cuja lei está pronta e com orçamento previsto e, no entanto, a Presidência da República protela a regulamentação de tal direito”, completou a presidente do Sindicato de Policiais Rodoviários Federais em Roraima.

Manifestação em Brasília
Os policiais rodoviários federais realizaram nessa terça-feira na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, uma passeata em protesto por reestruturação de carreira e valorização da categoria. De acordo com a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, cerca de 1,5 mil pessoas participaram do ato.

Fonte: G1

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