26

ago/2012

Policiais rodoviários federais fazem protesto e bloqueiam a ponte da Amizade

Protesto de policiais rodoviários e federais na ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, fronteira do Brasil com o Paraguai

Protesto de policiais rodoviários e federais na ponte da Amizade, fronteira do Brasil com o Paraguai

Cerca de 40 policiais rodoviários federais fizeram uma passeata na ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR), neste sábado (25). O trânsito nos dois sentidos da travessia ficou congestionado por uma hora.

O grupo, que era formado por profissionais que estavam de folga, segundo o sindicato da categoria, carregava cartazes e apitos. A PRF está em greve desde a semana passada. O protesto deste sábado foi apoiado por policiais federais, que estão em greve desde o início do mês.

Os policiais, em protesto em todo o Brasil, reivindicam a reestruturação da carreira, reajuste salarial e o pagamento de adicional noturno. De acordo com a categoria, os salários dos PRFs não correspondem às remunerações de outros agentes de segurança pública da União. Por isso, os policiais pedem aumento de 45%.

Segundo o sindicato em Foz do Iguaçu, todo o efetivo na ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, estava trabalhando normalmente –na semana passada, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) proibiu as operações-padrão dos policiais federais.

A FenaPRF (Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais) aponta ainda como problema a falta de pessoal –a defasagem chega a 4.000 policiais no país, segundo a instituição.

GREVE

Na quinta-feira (23), representantes dos policiais rodoviários federais saíram sem um acordo após reunião com o Ministério do Planejamento.

De acordo com Pedro Cavalcanti, presidente da FenaPRF, o governo “se mostrou contrário” à demanda da categoria por adicional noturno, por exemplo. O limite apresentado aos policiais foi o de 15,8% de reajuste nos próximos três anos, fórmula semelhante à apresentada para outras categorias do funcionalismo.

Até hoje, apenas os policiais do Tocantins não aderiram à paralisação da categoria. Decidida desde o início da semana, a greve começou com força ontem –em São Paulo, houve um protesto na via Dutra.

Uma nova rodada de negociações está prevista para a próxima segunda-feira (27), em Brasília.

Fonte: Folha de S. Paulo

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