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set/2015

Policiais Rodoviários Federais preparam novas mobilizações em prol da reestruturação da carreira

Passeata realizada em Brasília no dia 11 de agosto de 2015. Foto: Agência FenaPRF

Sem chegar a um acordo com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que não mostrou, até o momento, proposta diferente da do reajuste de 21,3%, em 4 anos, os policiais rodoviários federais vão intensificar as mobilizações em busca de uma proposta positiva do Governo Federal para as reivindicações apresentadas pela categoria.

O Conselho de Representantes da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), formado pelos presidentes e delegados dos 25 sindicatos estaduais que representam a categoria em todo o país, se reuniu em assembleia geral extraordinária (AGE), entre os dias 10 e 11 de setembro, na Capital Federal. Todos os representantes da classe informaram que a categoria rejeitou de forma unânime a proposta do MPOG. Por causa disso, diversas sugestões para uma nova fase de mobilizações foram discutidas.

A ideia dos sindicalistas é manter os policiais rodoviários federais mobilizados e mostrar ao Governo Federal e à direção do Departamento de Policia Rodoviária Federal (DPRF) que o efetivo continua motivado e engajado na luta pela reestruturação da carreira. Uma das propostas apresentadas, inclusive, estabelece que a campanha seja permanente, até que todos os objetivos sejam alcançados. A pauta de reivindicações apresentada ao MPOG defende, além da reestruturação, melhorias nas condições de trabalho e mais segurança para que o policial possa desenvolver as suas atividades visando sempre o benefício comum da sociedade.

Outras ideias apresentadas foram a intensificação do trabalho parlamentar junto a deputados e senadores, a fim de aumentar ainda mais a conscientização política sobre a necessidade da reestruturação da carreira, e novas audiências com o Ministro da Justiça e com a Diretora-Geral do DPRF, para repassar a insatisfação do efetivo policial e sua disposição em manter a mobilização, caso a reestruturação não seja atendida.

Os Conselheiros apresentaram várias sugestões de ações de mobilização, que vão desde ações pontuais simples às mais radicais, mostrando a grande disposição para a consecução do melhor para a categoria e para a sociedade. As sugestões serão compiladas urgentemente pela Comissão de Mobilização, que definirá o formato de uma nova etapa de ações e manifestações em todo o Brasil.

Durante a assembleia a Comissão de Negociação da FenaPRF apresentou sua análise sobre o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) e Plano Plurianual (PPA) enviados ao Congresso Nacional pela Presidência da República no final do mês agosto.

Para a Comissão, a proposta de reestruturação da carreira está dentro do índice de 5,5% oferecido pelo MPOG para 2016, a todas as demais categorias do serviço público federal. A conclusão do Conselho de Representantes foi que o governo tem orçamento para a reestruturação, porém, falta vontade política. Diante desta conclusão e para ajudar no convencimento político, a Diretoria Parlamentar da FenaPRF, em conjunto com os SinPRFs, vai manter o foco nos trabalhos de consolidação dos apoios de deputados, senadores, ministros e dos setores organizados da sociedade.

A FenaPRF entende que os sindicatos devem realizar reuniões em suas bases com o intuito de manter a categoria sempre muito bem informada das discussões e estratégias definidas no encontro do Conselho de Representantes. As assembleias estaduais também servem para que a própria base defina e delibere sobre as melhores ações que podem ser desenvolvidas por cada SinPRF.


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