07

fev/2012

Política Empresarial

Como se descobre uma oportunidade de negócios no âmbito empresarial? É preciso desenvolver a capacidade de detectar nichos de mercado e explorá-los, de modo a colmatar lacunas e suprir demandas existentes, seja trazendo inovação ou superando a defasagem ou inoperância dos que exerciam tal função. É assim no meio comercial, e é também, naturalmente, na política.

Oportunismo não é termo adequado para caracterizar quem encontra um espaço que leve à produtividade e traga lucros. Se há um grupo insatisfeito, sofrendo com carências e privações de direitos, sem a devida oportunidade de se manifestar, nem dispondo de representatividade plena e efetiva, é condenável que alguém se aproveite dessa força potencial para lhes liderar, tomando o posto daquele que devia fazê-lo, mas por razões diversas não obtém pleno êxito?

Quem defende uma classe sindical ou categoria de trabalhadores, serve a eles no sentido de conduzir processos de negociação e manejar as forças de modo estratégico. Se isso o legitima enquanto autoridade representante, e posteriormente se converte na forma votos em processo eleitoral, é nada menos que parte da cartilha da democracia, a qual permite igualmente que tal indivíduo caia em descrédito caso rompa com a fidelidade aos que lhe deram confiança, com a possibilidade de substituição por novo candidato ao cargo.

Do mesmo modo que escalões superiores se veem obrigados a seguir as diretrizes emanadas pelas autoridades que lhes investem autoridade e depositam confiança através da nomeação a funções gratificadas, os representantes das classes inferiores devem defender os interesses destes grupos, afinal os mecanismos do sistema são naturalmente preparados para forçar os andares de cima a se aliarem com os que ficam em níveis ainda mais altos, ainda que isso custe o distanciamento indesejado das bases, que ficam carentes de liderança e representatividade, espaço que acaba sendo ocupado por quem tenha o insight no timing, e mesmo que esse processo não seja alentado por plena moralidade, é desejável e precisa ser aceito.

Fonte: Abordagem Policial

COMPARTILHAR