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mar/2017

Presidente da Câmara não demonstra apoio à aposentadoria de risco dos policiais

Foto: Sérgio VInícius (Agência FenaPRF)

Em reunião realizada nesta tarde (23), o Deputado Rodrigo Maia afirmou a representantes do sistema sindical dos PRFs que não é a favor da retirada de mais nenhuma categoria da PEC 287/2016 (Reforma da Previdência). Os Sindicatos estaduais dos Policiais Rodoviários Federais e a Federação Nacional da categoria estiveram na presidência da Câmara dos Deputados com o Deputado Hugo Leal, Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da PRF.

Aproveitando a mobilização realizada pela categoria para o Café Parlamentar, diretores de SinPRFs de todo o país e da FenaPRF solicitaram agenda para conversar com o Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ). O novo presidente da Frente Parlamentar em Defesa da PRF, Deputado Hugo Leal (PSB/RJ) conseguiu o espaço mas as notícias não foram animadoras.

Elogio à atuação do sistema sindical
Apesar de não ser a favor de manter a aposentadoria de risco das categorias de segurança pública, Rodrigo Maia elogiou a forma com que os representantes sindicais têm lidado com os parlamentares. “Deixo registrado aqui minha admiração à forma de vocês tratarem os temas aqui na Câmara, sempre com um perfil sereno e mediador, prontos para dialogar”, afirmou o deputado.

Maia prosseguiu afirmando que reconhece as particularidades das carreiras policiais mas que a viabilidade financeira da reforma teria maior peso na atual conjuntura. “A carreira policial tem várias preocupações, como o risco de vida. Mas nós temos que nos preocupar se daqui a alguns anos não vamos estar sentados aqui para discutir como pagaremos a aposentadoria. Por mim não tiraria mais nenhuma carreira do projeto, mas ainda haverá discussão em cima disso porque não depende só a mim”, discursou.

O deputado federal ainda expôs que uma forma mais justa de manter o policial trabalhando com qualidade em idade avançada seria seguir o modelo espanhol. No país catalão, segundo o parlamentar, membros das forças policiais trabalharam até o 65 anos e quando não têm mais vigor para fazer policiamento ostensivo assumem cargos administrativos e ganham o direito de trabalhar remotamente.

Falta de diálogo
Para o diretor parlamentar da FenaPRF, Everson Feuser, o mais gravoso na ação do governo de não considerar a manutenção da aposentadoria de risco é a falta de diálogo por parte do Governo Federal. “Concordamos que tem de haver uma reforma. O que não concordamos é que não se considere nossa expectativa de vida (dos policiais) que é prevista em 60 anos. É triste pensar que nossa categoria morra trabalhando porque os policiais não vão atingir a idade de aposentadoria”, desabafou Feuser.


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