A Polícia Rodoviária Federal aumentou a fiscalização nas estradas para combater crimes ambientais. Entre eles, um tipo muito comum, mas difícil de detectar.
Um caminhão seguia do Maranhão para o Mato Grosso do Sul com mais de quinhentas estacas de aroeira, espécie ameaçada. O motorista e o dono da carga foram presos.
Em Cariri do Tocantins, a polícia prendeu pai e filho que levavam 79 aves, entre elas araras-vermelhas, em risco de extinção. Só nos primeiros nove meses de 2018, quase 1,3 mil crimes ambientais foram flagrados nas BRs de todo o país.
Outra prática criminosa comum nas estradas nem sempre é fácil de detectar, mas causam grandes danos ao meio ambiente, à nossa saúde e à dos animais: é a fraude que aumenta a poluição gerada por caminhões.
Em São Paulo, os policiais apreenderam um caminhão que presta serviço aos Correios usando diesel proibido e sem o aditivo obrigatório. O veículo tinha até um dispositivo para esconder a fraude. Situações assim se espalham pelo país. Outro caminhão, que também trabalha para os Correios, foi apreendido em Araguaína, no Tocantins.
No Brasil, os veículos a diesel fabricados desde 2012 são obrigados por lei a usar tecnologia que reduz os gases tóxicos. Para escapar das fiscalizações, os caminhoneiros trocam mensagens e combinam até desvios. Em Gurupi, no Tocantins, o motorista foi multado em R$ 120 mil.
“A PRF qualifica como autor tanto o condutor do veículo, quanto o proprietário do veículo. É observado que muitas empresas, com grandes frotas, praticam esse tipo de crime a fim de economizar e colocam em risco a nossa sociedade”, diz o policial rodoviário federal Daniel de Oliveira.
Os Correios declararam que aguardam o envio da documentação da Polícia Rodoviária Federal para aplicar as penalidades previstas, em contrato, contra as empresas terceirizadas flagradas com combustível adulterado.
Reprodução: Jornal Nacional