A Polícia Rodoviária Federal divulgou na quinta-feira (03), Dia Nacional de Combate ao Contrabando e Descaminho, um balanço das ações do órgão no enfrentamento a esses crimes, que se manifestam de forma mais visível nas regiões de fronteira em todo o País.
Além de desenvolver ações especiais de enfrentamento ao contrabando e descaminho, tal como levantamento de rotas específicas, operações autônomas e conjuntas e treinamentos de agentes, a PRF também trabalha o tema em seu policiamento ordinário, com apreensões que perpassam as divisas de estados da fronteira oeste do país e envolvem mais de 400 pontos de atendimento e fiscalização da PRF espalhados em todo o território nacional.
Apreensões
Com números significativos na apreensão de cigarros e medicamentos ilegais, a Polícia Rodoviária Federal ainda mantém regularidade na detecção e apreensão de outros itens em situação ilegal no país, tal como bebidas, equipamentos de informática e eletrônicos, CDs e DVDs e combustível.
Em relação às bebidas, foram apreendidos um total de 1.144.403 litros, entre 2010 e 2015. Com este volume, de apreensões seria possível encher 76 caminhões-tanques comuns (15.000 litros de capacidade).
Já as apreensões de combustíveis ilegais – que não passam pelo sistema tributário brasileiro – também somam quantidade expressiva, totalizando entre 2010 e 2015 mais de 820.000 litros de combustíveis ilegais e de origem duvidosa.
Com o advento da comunicação digital, nota-se a diminuição do uso das mídias tradicionais (CDs, DVDs e VHS), com reflexos diretos no número de mídias irregulares apreendidas. Ainda assim, se fosse possível empilhar a quantidade de mídias apreendidas, seria possível fazer uma pilha com mais de 17.000 metros de altura, suficiente para termos uma imagem correspondente a dois Monte Everest (8.848 metros) empilhados.
Cigarros – Mais de R$ 800 milhões em tributos sonegados
As apreensões de cigarros ilegais pela PRF, que no ano de 2015 ultrapassaram 60 milhões de maços apreendidos, causam expressivo prejuízo às estruturas criminosas. Por meio destes números também é possível iniciar análise da sonegação fiscal, onde teríamos, somente entre o périodo de 2010 a 2015, uma receita tributária de mais de 800 milhões de reais se os cigarros ilegais fossem comercializados regularmente no país, seguindo o sistema tributário vigente.
Confira o relatório na íntegra
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