09

ago/2012

Protesto da PRF interdita faixas e para ponte Rio-Niterói

Operação ocorre em ambos os sentidos da via que liga capital à região metropolitana

Policiais realizavam operação-padrão na ponte como forma de protesto

Policiais realizavam operação-padrão na ponte como forma de protesto

Policiais rodoviários federais iniciaram por volta das 13h40 desta quarta-feira (8) duas blitze com operações-padrão na ponte Rio-Niterói, o que deixou o trânsito caótico na via. Com um ponto de fiscalização pouco à frente da praça de pedágio, no sentido Niterói, os policiais realizavam checagem de documentos e revistas nos veículos, parando o trânsito até aproximadamente 15h30. O tempo de travessia da ponte podia chegar a duas horas.

No sentido oposto, a fiscalização ocorria na altura da cabine do pedágio, o que deixou o tráfego com pontos de retenção em quase todo trajeto da ponte para a capital. Um homem com mandado de prisão do Piauí foi parado na blitz com uma moto e foi preso. Um incêndio em um ônibus, por volta das 15h, piorou ainda mais a situação aumentando o trecho de retenção.

Segundo o sindicato da categoria, cerca de 50 policiais da ativa e 20 aposentados participavam do protesto. A ideia não é bloquear as pistas, mas fazer a operação-padrão e distribuir panfletos aos motoristas com explicações sobre o movimento.

Para Marcelo Novaes de Andrade, do Sindicato dos Policiais Rodoviário Federais, não há paralisação por parte dos patrulheiros, mas sim um aumento na fiscalização.

— Diferentemente de outras categorias, nós não paramos. Pelo contrário, aumentamos a fiscalização. Na primeira hora, já houve uma prisão. Nós estamos negociando com o governo há 12 meses e até agora nenhum dos pleitos foi atendido.

Segundo o sindicalista, há atualmente no Rio cerca de 400 policiais em funções operacionais, quando o ideal seria 1.200, o triplo. Além do aumento no efetivo, eles reclamam de aumento de salário.

Nós queremos ser tratados com respeito. Queremos equivalência com a Polícia Federal, por exemplo. Nós representamos apenas 2% de todas as polícias do País, mas fazemos cerca de 40% das apreensões de drogas que entram no Brasil.

Andrade disse que no próximo dia 13 será realizada uma assembleia, que vai decidir pela greve ou não, que, caso ocorra, começa no próximo dia 20.

— Queremos sensibilizar o governo porque na situação em que estamos as estradas estão inseguras e os policiais também ficam em risco. Há postos em que os policiais trabalham sozinhos.

Fonte: R7

 

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