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ago/2012

Servidores federais no Vale do Aço aderem à paralisação nacional

Entre os pontos protestados, os funcionários do serviço público federal querem a reposição salarial, questão que afirmam não ter há oito anos

IPATINGA – A paralisação nacional dos servidores públicos federais ganhou novas adesões esta semana. Na Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA), funcionários do Ministério Público e da Justiça Federal, em Ipatinga, decidiram cruzar os braços, após assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (20) na sede do órgão, no bairro Canaã. Já o Ministério Público do Trabalho, em Coronel Fabriciano, irá decidir nesta terça-feira a adesão à greve. Os demais órgãos como INSS e Justiça do Trabalho, por enquanto, ficarão de fora da paralisação e prestarão seus serviços com normalidade.

A paralisação não tem data para término. “A greve é por tempo indeterminado para forçar o governo a nos apresentar uma contraproposta”, declarou o técnico judiciário Edmilson Rosa Amaral, funcionário da Justiça Federal de Ipatinga e um dos servidores a frente do movimento na RMVA. Ele esclarece que somente a prestação de serviços a casos urgentes deverão continuar, como mandados de segurança, habeas corpus, entre outros. Os demais serviços ficarão paralisados até o fim da greve.

O servidor pontua que a demanda por atendimento no órgão em que trabalha aumentou consideravelmente nos últimos anos. Atribuições como ações de cidadãos contra o INSS e Caixa Econômica Federal – registros de maior incidência – estão entre os principais atendimentos que a população não terá durante o período de paralisação.

Os servidores de diversos órgãos federais no Vale do Aço se reuniram nesta segunda-feira para decidir adesão à manifestação coletiva

Reivindicações
Segundo Edmilson Amaral, os funcionários públicos federais estão à espera de um reajuste salarial de 56%, além de plano de carreira. “Reivindicamos a aprovação de um plano de carreira, que está em tramitação desde 2009 em Brasília. Esse plano está parado em uma das comissões do Congresso já faz um ano. O plano é extenso e aborda diversos critérios dentro do judiciário. A classe luta por aumento e recomposição salarial dos nossos cargos. O plano ajudaria a diminuir as diferenças entre um servidor e outro”, acrescentou o servidor.

Polícia Rodoviária Federal também opta por greve

Os policiais rodoviários federais de todo o país decidiriam pela paralisação dos serviços a partir desta segunda-feira (20). Entre os serviços prejudicados com a greve está o combate aos crimes em estradas e rodovias, ao tráfico de drogas assim como a fiscalização de cargas, sonegação de impostos e crimes de trânsito. Os atendimentos de caráter emergencial, todavia, não sofrerão paralisação.

Entre os itens da pauta de reivindicações, os policiais rodoviários federais pedem, principalmente, o aumento do efetivo de profissionais contratados, recomposição salarial e o reconhecimento do nível superior para o cargo de PRF. De acordo com informações do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado de Minas Gerais (SINPRF-MG), todos os profissionais da categoria no Estado aderiram ao movimento. A greve é por tempo indeterminado, porém, na quinta-feira (23), uma reunião será realizada com o Ministério do Planejamento para discutir uma contraproposta.

Fonte: Diário do Aço

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