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jun/2013

SINPRF/DF: Reunião sobre os planos de saúde do FenaPRFSaúde

 

Coordenador Arruda explicando sobre o FenaPRFSaúde | Foto: SINPRF/DF

A reunião realizada na tarde desta terça-feira (11/6), no auditório do Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF), pelo Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Distrito Federal (SINPRF/DF), cujo objetivo foi debater assuntos pertinentes aos planos de saúde oferecidos pelo Programa FenaPRFSaúde, contou com a presença do coordenador de Políticas Sociais da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), César Arruda; do proprietário do Grupo Elo Saúde, Augusto Diniz; e, dos representantes do Grupo Amil Saúde: Diego e Regina.

César Arruda e Augusto Diniz iniciaram a apresentação explicando questões relacionadas ao funcionamento do FenaPRFSaúde. Aberto o debate para as colocações dos filiados do SINPRF/DF, a grande maioria reclamou do descredenciamento de médicos, laboratórios, hospitais e também do tempo de espera para atendimento em determinados casos do valor que se paga para não ser atendido. Cada conveniado reclamou conforme a região em que reside no Distrito Federal. Um fato que chamou atenção durante as reclamações foi a preocupação com a manutenção e melhoria de especialidades voltadas para o sexo feminino, pois, são as mulheres que mais buscam e necessitam de acompanhamento médico. A área médica mais citada foi a de ginecologia.

Os filiados do SINPRF/DF reclamaram que antes da compra da Medial pela Amil, a rede credenciada e o atendimento eram bons. “Não tínhamos problemas para marcar consultas e muito menos com falta de locais credenciados. O atendimento começou a piorar quando a Amil comprou a Medial”, reclamou o presidente do SINPRF/DF, Reni Rocha. A esposa de um filiado destacou que “com o passar do tempo o preço subiu, mas em contrapartida a rede credenciada e a qualidade no atendimento pioraram”. E completou que isso “é um absurdo, pois, como pagamos caro, merecemos um serviço de qualidade”.

Os representantes da Amil Saúde falaram que os médicos de consultórios podem rescindir o contrato de prestação de serviços com os planos de saúde unilateralmente, a qualquer tempo e sem aviso prévio. Porém, em relação aos hospitais, clínicas e laboratórios, Diego esclareceu que as normas da Agência Nacional de Saúde (ANS) estipula que hospitais, clínicas e laboratórios devem comunicar o descredenciamento com 60 dias de antecedência do término do contrato. “Nesse período, o atendimento tem que ser normal”, disse o representante da Amil.

Contestando o argumento da Amil, um dos filiados disse que sua esposa ligou para o Hospital Santa Helena, sendo informada que aquele hospital não está mais atendendo aos planos da Medial. Diego disse que a Amil está em fase de renegociação com os hospitais e clinicas do DF, mas que o atendimento deveria ser realizado. Tomou nota do fato e disse que vai verificar a situação junto ao hospital.

Diego também informou que alguns descredenciamentos ocorrem por questões administrativas entre as partes e que nesses casos, sempre é disponibilizado outras opções para os conveniados. Para todas as questões pontuais reclamadas, eles explicaram os motivos do descredenciamento e também citaram novas opções que foram credenciadas. Mesmo assim, os conveniados reclamaram que o site dos planos de saúde não são atualizados de forma a garantir o acesso à essas informações.

“Quem tem que informar a rede credenciada são vocês [Amil e Medial]. Não tenho que ficar ligando para laboratório ou médico para saber se atendem ao plano que possuo. Pago por esse serviço e não é pouco”, reclamou um dos presentes. Outros completaram que é comum credenciados informarem um prazo muito longo para marcação de consulta quando a marcação é mediante convênio, mas quando é informado que a consulta é particular, a existência de vagas é imediata.

Regina, representante da Amil, disse que uma forma fácil e rápida de marcar uma consulta é através do site http://agendasuaconsulta.amil.com.br. Porém, ela ressaltou a importância do conveniado desmarcar a consulta em caso de não comparecimento. “Isto é muito importante para o grupo, pois, consulta marcada e não efetivada, é cobrada. Portanto, é computada na sinistralidade”, destacou.

O coordenador de Políticas Sociais da FenaPRF, César Arruda, exigiu que a rede credenciada e as informações das operadoras, além de estarem atualizadas, sejam de fácil acesso para todos no site da Amil, e que as informações de descredenciamento e credenciamento sejam repassadas para o Grupo Elo para que chegue aos conveniados. Além disso, Arruda também exigiu um prazo para que sejam sanadas as reclamações de atendimento e de credenciamento de rede no DF. Os representantes da Amil pediram 90 dias. Esse prazo foi imediatamente rechaçado pelos presentes e por Arruda. “90 dias é um absurdo! 30 dias é um prazo suficiente para vocês apresentarem soluções para as reclamações dos filiados do DF, mais que isso é inaceitável”, alegou o coordenador.

Os representantes da Amil relutaram, mas acataram o prazo estabelecido e informaram que também deve ser produzida uma cartilha para explicar as formas de melhor utilização dos planos e também como, quando e para quem o conveniado deve reclamar quando achar necessário.

Questionados sobre o recente aumento nos planos, os representantes da Amil disseram que ele foi necessário por causa do crescimento na utilização e que o aumento foi geral. “O contrato é coletivo e por adesão. Quem não usa para aquele que usa. Ao longo dos últimos 12 meses verificamos que, além da inflação médica, aumentou muito a sinistralidade do grupo”. Eles explicaram que inflação médica é medida pelo aumento do valor cobrado pelos laboratórios, clínicas médicas, hospitais e médicos de consultório quando da renovação dos credenciamentos. E, sinistralidade é o índice de consumo, o que é gasto pelos conveniados, sobre a arrecadação do grupo, medido no período de 12 meses. “Todas as operadoras de planos de saúde consideram 70% como a margem máxima para consumo dentro da arrecadação do grupo. Quando o valor passa disso, o plano tem que ser reajustado”, disse Diego. Ele também esclareceu que o aumento no rol de procedimentos de saúde determinado pela ANS também influência no índice de reajuste dos planos.

O diretor jurídico do SINPRF/DF, Fabiano Viana, perguntou para Diego se ele tinha conhecimento sobre as recentes decisões judiciais que condenaram as operadoras de planos de saúde a reduzirem o percentual do aumento praticado em planos empresariais. Diego respondeu que sim, e explicou que tais decisões foram favoráveis somente nos casos em que as empresas possuem de 3 a 29 empregados. E foram realizados pelas operadoras 2 meses antes da ANS mudar sua legislação. Segundo Diogo, a ANS somente regulava aumento para planos particulares, mas com essa mudança na legislação, também passou a estabelecer o índice de aumento para os planos de saúde de empresas que possuem de 3 a 29 empregados. “As empresas entraram na Justiça por acharam os aumentos abusivos, mas estes planos empresariais são de difícil manutenção. As operadoras respeitam a decisão judicial, mas estão recorrendo”, alegou.

Augusto Diniz disse que o Grupo Elo tem buscado novas opções de operadoras para atender as necessidades dos policiais rodoviários federais. Ele informou que já está tudo certo com a Seguros Unimed. “Os planos da Seguros Unimed oferecerão diversas modalidades, todas com abrangência de atendimento nacional, haverá planos diferenciados de acordo com as necessidade de cada conveniado e hospitais de ponta”. Augusto também disse que a Elo está mantendo contato com outras operadoras a fim de aumentar as opções para a categoria.

Ao término da reunião, o presidente Reni lamentou o pequeno número de filiados que compareceram ao evento, agradeceu a presença de todos e elogiou a forma clara e objetiva com que os esclarecimentos foram prestados pelo Coordenador de Políticas Sociais da FenaPRF e pelos representantes dos Grupos Elo e Amil. “Esperávamos um número bem maior de filiados nesta reunião, mas creio que os colegas que vieram, puderam colocar todas as suas reclamações e anseios sobre os planos de saúde. Pessoalmente estou muito satisfeito, pois, percebi que os senhores responderam tudo de forma clara e objetiva”, concluiu Reni.

Fonte: SINPRF/DF

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