Seguindo a onda de protestos de servidores federais de diversas categorias em todo o país, nesta quarta-feira foi a vez dos policiais rodoviários federais realizarem manifestação. As ações ocorreram em pelo menos quatro grandes rodovias. São elas: a BR-290, sobre o vão móvel da Ponte do Guaíba; a BR-392, entre Rio Grande e Pelotas; a BR-386, entre Canoas e Montenegro; e a BR-285, entre São Borja e São Luiz Gonzaga. Em todos estes trechos, estratégias diferentes foram montadas, no entanto, o resultado foi o mesmo: lentidão para os motoristas. Na capital, os agentes fizeram bloqueio parcial da BR-290 de forma separada, o que causou cerca de oito quilômetros de congestionamento nos dois sentidos. Já na BR-392, entre o trevo de acesso a Pelotas e a ponte sobre o Canal São Gonçalo, blitzes minuciosas foram realizadas, o que acarretou uma lentidão de quase dez quilômetros no trecho.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Rio Grande do Sul, diversas formas de manifestações para chamar a atenção da população já foram realizadas, sem nenhum efeito, no entanto. Para Francisco Dalla Valle Von Kossel, este foi o último ato antes da deflagração de uma paralisação geral da categoria, que deve ser definida na próxima segunda-feira, em assembleia.
Ainda de acordo com o dirigente a defasagem do número de agentes do órgão em todo o país atingiu níveis alarmantes. Von Kossell teme, devido a falta de profissionais, pela segurança dos grandes eventos que o Brasil irá organizar a partir do próximo ano.
Dados do sindicato apontam para a necessidade de contratação de pelo menos quatro mil funcionários imediatamente. Somente no RS atuam 680 policiais quando o ideal seria mil 546 agentes. Além dos policiais rodoviários federais, a paralisações dos fiscais agropecuários federais também causa transtornos. Cerca de 140 toneladas de mercadorias estão presas nas fronteiras.
Fonte: Band