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maio/2012

Diretora Geral da PRF visita SP

Pereira exige melhorias para os policiais durante visita da Diretora Geral à 6ª SRPRF/SP

A diretora-geral do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, inspetora Maria Alice do Nascimento Souza, visitou na tarde de quinta-feira (10) a sede da 6ª SRPRF-SP.

O encontro reuniu o superintendente de SP, os chefes de seções, núcleos e delegacias, e também o presidente do SINPRF-SP, Luiz Antonio Pereira da Silva, que  embora não tenha sido oficialmente convidado, participou da Reunião com a Diretora-Geral do DPRF que, pela primeira vez desde a sua posse, abriu espaço em sua atribulada agenda para discutirem sobre as peculiaridades pertinentes a 6ª SRPRF-SP e os trabalhos e projetos que estão sendo desenvolvidos pelo DPRF.

A Diretora iniciou falando sobre a reunião com diretores da Polícia Federal, onde foram discutidas questões de RH, como aposentadoria, paridade, planos de carreira e benefícios e da importância da ajuda dos Sindicatos e do presidente da FENAPRF, para que alinhados, consigam alcançar essa meta.

Dentre os assuntos, também foram discutidas questões sobre o concurso de 2009 que está em andamento, expectativa de novas vagas e aumento do efetivo, reforma de postos, estratégias de gestão, fundo da PRF, reestruturação das RAS, entre outros assuntos.

Maria Alice foi bem taxativa quanto ao trabalho dos policiais e disse que não vai aceitar falta de profissionalismo e nem que eles “empurrem com a barriga”, que há muito a ser feito e com muito trabalho e empenho, em breve, a PRF será uma Polícia de Excelência.

Aberto o debate entre os participantes, Pereira entregou à Diretora, uma pasta com documentos abordando assuntos como a Lei Orgânica, plano de carreira e das dificuldades nas negociações que antes eram tratadas pelo Secretário Duvanier Paiva. Pereira aproveitou a oportunidade para cobrar mais atenção para nossa Regional, que hoje enfrenta grandes problemas de gestão, com precarização das condições de trabalho dos colegas da Sede e das Delegacias. A Inspetora Maria Alice infelizmente manifestou-se favorável a que a administração Regional da PRF continue paralisada por conta da morosidade dos processos administrativos que são encaminhados indiscriminadamente para a apreciação dos órgãos de controle externo. O presidente do SINPRF-SP, disse que é preciso ter planejamento antes de serem encaminhados os procedimentos, pois há certas prioridades que devem ser tratadas em caráter especial, como é o caso da falta de galões de água potável e desratização na sede.

Durante sua explanação, Pereira relatou sobre os problemas enfrentados por policiais que trabalham nas rodovias de São Paulo, em especial a Régis Bittencourt e informou que já agendou inicialmente reunião com os representantes da ANTT, da Concessionária e efetivo da 4ªDel/Itapeceirca da Serra, 5ªDel/Registro e 7ª Del/Ubatuba e posteriormente com as demais delegacias, para tratar sobre o assunto e pretende levar ao conhecimento do Ministério Público. “É inadmissível aceitar que nossos policiais trabalhem sozinhos no trecho, com tanto crime que tem ocorrido na região, colocando em risco sua vida. Temos que encontrar uma solução e aumentar o nosso efetivo”, afirma Pereira.

Um dos pontos destacado pelo presidente do sindicato foi o requerimento protocolado junto ao Ministério Publico Federal, no sentido que ingresse com ação civil pública visando reconhecer e transferir para a competência da Polícia Rodoviária Federal o policiamento das rodovias federais que cruzam o Estado de São Paulo. Pereira disse que a intenção é seja gradativamente, por meios de parcerias e convênios e que este projeto visa a valorização da malha rodoviária de São Paulo e aumentar o efetivo tanto da PRF como da Polícia Militar.

A diretora geral informou que já esta com projetos engatilhados sobre o efetivo da PRF e Pereira levou ao seu conhecimento e de todos presentes, que já foi publicado no Diário da Câmara dos Deputados, no dia 8 de maio, o Projeto de Lei nº 3815/2012 criado pelo deputado federal Arnaldo Faria de Sá, o qual cria cargos de Policial Rodoviário Federal, na Classe Agente Padrão I, cria também, funções gratificadas FG 2 e FG 3 para a 6ª Superintendência de Polícia Rodoviária Federal em São Paulo. O presente Projeto de Lei é sugestão encaminhada pela Presidência do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Estado de São Paulo.

Outro momento polêmico da reunião foi quando o Inspetor Mardilher, Chefe do SPF questionou a Diretora sobre os problemas da manutenção da escala de 24 horas em São Paulo. O nosso Inspetor Chefe do Policiamento, provavelmente não levou em consideração que o Departamento até o presente momento foi incompetente para realizar concursos e promover as remoções necessárias o que tem gerado o duplo problema de colegas trabalhando sozinhos e longe de suas casas. A Diretora respondeu que o Superintendente tem autonomia para as mudanças, mas o SINPRF/SP espera que o Superintendente não penalize ainda mais seu efetivo criando escalas de 5 equipes contra as atuais 4 equipes, que fragilizarão ainda mais o nosso exíguo efetivo, ou que mande a decisão para a análise da AGU para que ela demora até outubro, quando esperamos os 128 PRFs que SP tem direito.

A visita foi rica em discursos e promessas, mas deixou muito a desejar em compromissos concretos de ajuda. São Paulo vai continuar tendo que arcar com um repasse de verba de custeio insuficiente para as necessidades do Estado, vai continuar sem um procurador vinculado à Regional (o que poderia acabar com a triste situação de abandono dos processos que vão para a Advocacia Geral da União e lá permanecem…), vai continuar sem uma base da DOA, vai continuar sendo alvo de reportagens criminosas como a de ontem.

O SINPRF/SP deseja toda a sorte para nossos administradores. Manifesta seu irrestrito apoio a todas as ações visam a melhoria das condições de trabalho dos nossos PRFs. Mas reitera que continuará crítico a toda ação

Fonte: SINPRF/SP

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