A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) foi recebida, na tarde desta terça-feira (12/06), pela diretora geral do Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF), Maria Alice Nascimento Souza, para tratar dos abusos cometidos durante a prisão de oito Policiais Rodoviários Federais durante na Operação Carro Forte, desencadeada no dia 31 de maio pela Corregedoria Geral da PRF e pela Polícia Federal (PF).
O presidente da FenaPRF, Pedro Cavalcanti, e diversos diretores da entidade levaram a Maria Alice a insatisfação da categoria com relação aos excessos cometidos em relação às prisões dos PRFs.
A operação está sendo questionada, não pela sua realização ou prisão de PRFs, supostamente envolvidos, mas pela forma como os mesmos foram expostos à imprensa e pelos excessos praticados pelos policiais que cumpriram os mandados de prisão.
Pedro Cavalcanti deixou claro que a FenaPRF defende o combate a desvio de conduta praticados por servidores públicos, inclusive por PRF’s, porém, o princípio da inocência e da dignidade da pessoa humano não pode ser relegado para atender a ardil vontade da mídia de criar matérias sensacionalistas, que implica em grande abalo na imagem dos acusados e da própria instituição PRF.
“A Federação não vai admitir a exposição de nenhum Policial Rodoviário Federal, como foi feito no caso da Operação Carro Forte. Inclusive, tomaremos todas as providências necessárias e também estamos elaborando um documento que será levado ao Ministro da Justiça, pontuando os excessos cometidos nesse caso”, reclamou o presidente da FenaPRF.
De acordo com Maria Alice, o caso já foi levado a conhecimento do Ministério da Justiça (MJ). “Essa discussão já foi levada ao ministério. Segundo o Ministro, será criado um protocolo para a atuação nesses casos, com o intuito de evitar os excessos.” declarou a diretora geral do DPRF.
Participaram da reunião o Presidente da FenaPRF, Pedro Cavalcanti, os diretores jurídicos, Antonio Jorge Falcão e Jailton Tristão, os diretores financeiros, Deolindo Carniel e Ricardo Sá, o diretor parlamentar Renato Dias, o coordenador de políticas desportivas, Dorvercino Borges Neto, além dos representantes do SINPRF/PR, Sidnei Nunes e Paulo Mileski.
Na mesma reunião, a FenaPRF cobrou do DPRF urgência na convocação dos excedentes do concurso de 2009, a fim de minimizar os problemas da falta de efetivo o mais rápido possível. De acordo com a direção geral do DPRF, todos os candidatos excedentes, que já cumpriram a avaliação médica, serão convocados logo após o curso de formação que se encontra em andamento nas cidades de Brasília/DF, Canoas/RS e Goiânia/GO.
Mesmo diante da boa notícia, a FenaPRF entregou um ofício onde pede também a convocação de outros 152 candidatos já aprovados, mas que não foram chamados para a avaliação médica. O DPRF informou que o caso está sendo estudado, porém, envolve questões juridico-administrativas que carecem da análise de outros órgãos públicos. E, informou ainda que um novo concurso, para 1.500 vagas, já está em andamento para o próximo ano.
O presidente da FenaPRF, Pedro Cavalcanti, também cobrou concurso para a área administrativa do DPRF e melhorias na infraesturura dos Postos e Delegacias. Sobre este assunto, a diretora geral informou que já foi liberado orçamento para a compra de uniformes, coletes balísticos e novas viaturas.
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