Os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) são os mais bem remunerados auxiliares diretos da presidente Dilma Rousseff. Os dados são do Portal da Transparência, site do governo que passou a disponibilizar nominalmente os ganhos de todos os servidores do Executivo federal.
Mantega e Belchior receberam R$ 36.297,94 em maio. Seus ganhos de ministro são complementados por jetons acima de R$ 8 mil por participação nos conselhos da Petrobras e da BR Distribuidora. Em maio, Dilma recebeu bem menos, R$ 19.818,49.
O site não contabiliza o que os ministros eventualmente recebem de outros poderes. Ainda estão de fora os militares, cujos dados serão publicadas no mês que vem.
Implementada graças à Lei de Acesso, a divulgação desagrada associações de servidores, que temem riscos à segurança de seus associados e prometem ir à Justiça.
Além de Guido e Belchior, mais seis ministros recebem extras por participarem de órgãos colegiados: Helena Chagas (Comunicação Social), pela Empresa Brasil de Comunicação; Tereza Campello (Desenvolvimento Social), pela BR Biocombustíveis; Wagner Bittencourt (Aviação), pela Eletrobras; Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia) e Paulo Bernardo (Comunicações), pela Finep; e Paulo Passos (Transportes), pela Codeba, o porto da Bahia.
Há servidores em conselhos de empresas em que o governo é sócio ou tem ações preferenciais, mas cujos dados não estão no site, como Itaipu e a Embraer.
Dez ministros recebem por seus órgãos de origem. A maior parte são parlamentares, como Gleisi Hoffmann (Casa Civil). Quatro têm salários acima do teto dos servidores por terem origem em outros órgãos públicos. O maior é Celso Amorim (Defesa), que tem remuneração bruta de R$ 51,5 mil por ser ministro e professor universitário. Com o desconto do teto, seu vencimento cai para R$ 19,8 mil.
Fonte: Folha de S.Paulo