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jul/2012

Servidores anunciam movimento de greve nas agências nacionais de regulação

Servidores de agências reguladoras federais anunciaram hoje (16) que estão em greve por tempo indeterminado, em protesto por reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho. Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), também aderiram à paralisação os servidores do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Participam do movimento dez agências reguladoras, mas a greve começou, efetivamente, na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o Sinagências, as demais autarquias especiais devem iniciar o movimento de paralisação até o fim do dia.

Segundo o Sinagências, aproximadamente 30% dos servidores da sede da Anvisa, em Brasília, aderiram à greve. O sindicato estima que 50% dos funcionários da agência tenham aderido, em todo o país. Os organizadores também acreditam que a adesão seja de 40% dos servidores na Aneel e de 30% na Antaq. “A expectativa é que, até o final do dia, a gente tenha um desenho do percentual de adesão”, disse João Maria Medeiros, presidente do Sinagências.

Os grevistas se reunirão na Esplanada dos Ministérios amanhã (17), de acordo com o sindicato, para visitar o Congresso Nacional e fortalecer o movimento junto aos deputados e senadores.

Conforme o presidente do Sinagências, João Maria Medeiros, os grevistas reivindicam igualdade com as outras carreiras de Estado e subsídio como remuneração, “porque é a forma como o governo paga as carreiras estratégicas, a exemplo de deputados e senadores”, além de outras mudanças institucionais. “Queremos fortalecer a carreira, nossa carreira hoje é muito frágil”, afirmou.

A paralisação também é um protesto contra o sucateamento, de acordo com os servidores. “Falta pessoal, faltam concursos. Lutamos contra a politização nas agências. Queremos que a ocupação dos cargos de diretoria seja feita por lista tríplice, à qual serão indicados apenas pessoas do quadro permanente”, disse o diretor de comunicação do sindicato, Ricardo Holanda.

De acordo com Rafael Athan, servidor da Anvisa, essa é a primeira vez que uma greve é feita na sede. Normalmente, explicou, o movimento se iniciava nos outros estados, que possuem portos e têm mais impacto na economia. “Hoje, de mil servidores que a gente tem aqui na sede, desceram [para a entrada do prédio] uns 250, sem contar os que estão de férias. A sede não vai querer ficar de fora, ainda mais porque outras agências estão parando”.

Fonte: Agência Brasil

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