Os bancários aprovaram ontem à noite o fim da greve e devem voltar ao trabalho hoje em todo o país. Os sindicatos da categoria seguiram a orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) de aprovar proposta dos sindicatos patronais.
A paralisação, iniciada no dia 18, chegou ao fim com uma nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que elevou para 7,5% o reajuste salarial da categoria (aumento real de 2%). Diante da proposta, a Contraf recomendou aos sindicatos regionais a aceitação das condições. Em Londrina (PR), o sindicato aprovou na manhã de ontem a proposta de reajuste da Fenaban e a volta ao trabalho, tanto nos bancos públicos como nos bancos privados.
Os bancários deflagraram a greve nacional no dia 18, depois de rejeitarem a proposta anterior dos bancos, de 6% de reajuste sobre todas as verbas salariais.
A greve ganhou força durante a semana passada. Enquanto a adesão foi de 5.132 agências e centros administrativos (24% das 21.713 localidades em todo o país) no primeiro dia de paralisação, esse número cresceu 77% e chegou 9.092 locais (42%) no quarto dia de greve, segundo o sindicato da categoria.
Depois de tentativas frustradas de negociação e acusações de que os bancos estariam sendo omissos, os representantes da categoria consideraram as propostas feitas na terça-feira satisfatórias e recomendaram o fim da paralisação.
Os bancários reivindicavam reajuste de 10,25% (5% de aumento real), além de piso salarial de R$ 2.416,38, participação de lucros de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, elevação para R$ 622 dos valores do auxílio-refeição, entre outros pedidos.
Os bancos ofereciam apenas reajuste linear de 6% – 0,58% acima da inflação.
Fonte: Valor Econômico