Representantes do grupo dos 950 aprovados no último concurso para Policial Rodoviário Federal se reuniram nesta quarta-feira (13/08) com o coordenador-geral de Recursos Humanos do Departamento de Polícia Rodoviária Federal – DPRF, Adriano Furtado, para pedir esclarecimentos sobre a demora na nomeação dos candidatos. Todos já passaram pelo Curso de Formação Profissional (CFP) e ainda aguardam – mais de dois meses – pela nomeação.
A promessa era para que o grupo já estivesse trabalhando na Copa do Mundo, mas o Mundial terminou e as nomeações ainda não saíram. Alguns candidatos passam por uma situação complicada financeiramente, tendo em vista que muitos tiveram que deixar os antigos empregos para a realização do CFP, que durou três meses e custou mais de R$ 19 milhões aos cofres públicos.
“Eu mesmo tive que deixar o meu antigo emprego na iniciativa privada e tranquei a faculdade para poder realizar o curso de formação. Esperava já estar trabalhando na época da Copa do Mundo, mas até agora não há definição. Esta situação é terrível, não podemos também parar as nossas vidas sem uma definição acerca da nomeação”, reclama o candidato do Distrito Federal, Alexandre Teixeira.
Com o apoio da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), representada pelo presidente, Pedro Cavalcanti, o grupo foi recebido em Brasília no DPRF, pelo coordenador Adriano Furtado, que concedeu algumas informações mais concretas sobre a situação.
Cavalcanti salientou que a situação cria uma imagem negativa para o DPRF perante os futuros policiais e gera um ambiente negativo e desestimulante também para o atual efetivo. “Essa situação é ruim para toda a categoria. Os PRFs inscritos no SISNAR [Sistema Nacional de Lotação e Remoção do DPRF], por exemplo, também dependem da nomeação para que possam ser removidos. Isso gera um mal estar para todos, sem contar o déficit de efetivo que temos na PRF e que não para de aumentar, ainda mais com as aposentadorias que devem ocorrer até 2015 [em torno de 1500]. Isto deveria ser argumentação suficiente para justificar a nomeação de todos os aprovados logo após o término do CFP”, alertou Cavalcanti.
O coordenador-geral de Recursos Humanos, Adriano Furtado, informou que este assunto é prioridade número um do Órgão, mas que agora depende de uma decisão do MPOG. “A expectativa é por uma decisão até a próxima semana. Nós temos que entender essa situação de dificuldade orçamentária do governo também, mas quero dizer ainda que este assunto é prioridade número um aqui no Departamento, com empenho de todos os coordenadores e da diretora-geral. O nosso pedido é pela nomeação dos 950 aprovados que já fizeram o curso de formação de policial rodoviário federal”, enfatizou Furtado.
Apesar disso, a expectativa é que sejam nomeados neste momento os 500 primeiros classificados. Para os 450 restantes, não existe previsão orçamentária para que eles sejam chamados ainda este ano.
Dessa forma, Pedro Cavalcanti informou que a FenaPRF vai trabalhar junto aos parlamentares responsáveis pela elaboração do orçamento de 2015 para que seja incluída a previsão orçamentária para a nomeação do restante do grupo e pediu que os aprovados continuem procurando os SINPRFs para que “juntos possamos pressionar o Governo a autorizar todas as nomeações, pois ele tem verba para isso”.
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