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jul/2015

Policiais rodoviários federais cruzam os braços no Pará por 24 horas e ratificam estado de greve

PRFs do Pará
Foto: SINPRF/PA-AP

Fiscalizações, rondas e atendimento de acidentes ficaram comprometidos, ontem, em razão da paralisação de 24 horas dos policiais rodoviários federais, dispostos a atender ontem, 15/07, somente os casos de emergência, como acidentes com vítimas e crimes com flagrantes. Os trabalhadores seguem movimento nacional da categoria, com previsão de greve para o mês de agosto por tempo indeterminado. Na Região Metropolitana de Belém (RMB), dois postos pararam, o de Benevides e o do Entroncamento, que funciona num espaço cedido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Do total de 21 postos da PRF no Pará, 11 ficaram fechados ontem.

Na pauta de reivindicações dos policiais, constam a reestruturação da carreira, direitos sociais, atualização de equipamentos e melhores condições de trabalho. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Pará e Amapá, Idailson Martins, no próximo dia 23 a entidade sindical fará uma caminhada na BR-316 entre o Km 7 (na altura do Posto Pará Vip) e a barreira da PRF de Ananindeua. “Não vamos fechar as pistas, será uma caminhada com cerca de 100 policiais no sentido da saída de Belém”, disse ele, na manhã de ontem. “Sabemos que o trânsito ali já é caótico e haverá ainda mais transtornos no local, por isso pedimos paciência’’. A intenção da categoria é chamar a atenção da sociedade e do governo para a necessidade de valorizar o policial rodoviário federal, segundo Idailson.

O presidente do sindicato reclamou que desde 1996 os trabalhadores não mais recebem adicionais noturnos, de insalubridade e horas extras, garantidos por lei à carreira. Além disso, segundo garantiu, equipamentos como coletes balísticos estão fora do prazo de validade e há falta de infraestrutura digna nas bases da PRF no Pará. “Enquanto em outros Estados, temos sedes blindadas, a nossa, de Santarém, é a única do País ainda em madeira, do tempo do DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagens) da década de 70’’, destacou o presidente.

O sindicato também pleiteia a concessão de aposentadoria especial para todos os policiais. “O governo considera que os policiais administrativos não exercem atividade de risco, então não concede a aposentadoria especial, a que se tem direito, constitucionalmente, se homem, com 30 anos de contribuição, independente da idade, conforme prevê o artigo 40 da Constituição Federal’’, declarou Idailson Martins. Ele também apontou as más condições do serviço, elencando desde a falta de material de limpeza nas unidades à necessidade de equiparação salarial com a formação em nível superior.

Ainda segundo a garantia dada por Ivanilson, hoje a PRF retornaria à rotina de trabalho. Uma entrevista com a superintendência do órgão no Pará foi solicitada, mas, apesar da promessa feita pela assessoria de imprensa da instituição, não houve retorno até o fechamento desta edição.

Com informações da ORMNews

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