Na tentativa de destravar as discussões sobre o reajuste salarial, os sindicatos de servidores públicos formalizaram ontem uma nova proposta no Ministério do Planejamento. A categoria pede aumento de 19,7%, que poderia ser paga em duas parcelas, em janeiro de 2016 e de 2017. Anteriormente, os sindicalistas pediam 27,3%, em parcela única no próximo ano.
“Nós refizemos a proposta para mostrar que não somos inflexíveis. Estamos dispostos a negociar. Se um lado cede, o outro tem que ceder”, avaliou o secretário-geral da Condsef (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), Sérgio Ronaldo da Silva. Até agora o governo colocou na mesa de negociação um índice de reajuste em quatro anos: 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019.
A categoria rejeitou a proposta por entender que desconsidera os índices de inflação e poderia travar novas negociações por um longo período. O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, tem mantido reuniões com as diversas categorias para avaliar os pedidos e deverá convocar o Fórum Nacional das Entidades do Serviço Público Federal para dar uma resposta.
Benefícios
O governo aposta, para um acordo, no reajuste dos três principais benefícios sociais dos servidores públicos: auxílio-alimentação, plano de saúde suplementar e auxílio pré-escolar. A correção custaria R$ 1,3 bilhão. A categoria prepara uma manifestação para a próxima quinta-feira.
O prazo limite para um acordo entre as duas partes é 31 de agosto, quando o governo deve enviar a proposta orçamentária para o Congresso.
Fonte: Jornal Metro Brasília