Florianópolis foi a primeira cidade do Brasil a sediar uma audiência pública sobre a Unificação das Polícias Civil e Militar no Brasil – o chamado Ciclo Completo. O evento ocorreu nesta sexta (18) com a presença do relator da proposta do Congresso, o deputado Raul Junggmann (PPS-PE). As consultas também ocorrerão em outros estado.
A proposta dessa reforma é agilizar os processos criminais criando uma nova polícia de estado. Em Santa Catarina, há oito anos a PM passou a ter novas atribuições: em casos em que for constatada a infração de menor potencial ofensivo o PM não precisa ir mais a delegacia da policia civil para realização do inquerito.
“Aqui a Polícia Militar já faz o chamado termo circunstanciado. Ela própria faz isso sem precisar levar um delegado de Policia Civil, isso tem comprovado pro brasil inteiro que é um avanço”, disse Junggmann.
Na estrutura atual, o policiamento para manter a ordem e os flagrantes são atribuições da Policia Militar. À polícia civil cabe a investigação e o encaminhamento do inquérito ao Judiciário.
“O modelo brasileiro possibilita que a pessoa que tá sendo acusada tenha como se defender. A existência de várias pessoas, vários orgãos fazendo análise do caso concreto evita injustiças”, diz o delegado David Queiroz, que é contra a unificação.
Já a Policia Militar defende o ciclo completo para ambas as policias. “Ser polícias diferentes, porém com atribuições semelhantes encaminhando diretamente todos os seus elementos para o judiciário, que vai dar o encaminhamento de percepção criminal”, disse o capitão da PM Joamir Campos.
No final de outubro o relator da matéria deve entregar o parecer a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados em Brasília. Caso aprovada, segue para votação em Plenário e depois para analise do Senado Federal. Nesta segunda-feira (21/09), uma nova audiência sobre o tema será realizada em Porto Alegre. A FenaPRF apoia e medida e pede a participação dos sindicatos filiados e dos policiais rodoviários federais nos debates. Confira o calendário das audiências aqui.
Fonte: G1