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jul/2016

BA: PRF fecha escritório de cigarros falsos que vendia para cinco estados

A Polícia Rodoviária Federal na Bahia (PRF-BA) fechou, no início da manhã desta quinta-feira (7) um depósito e um escritório na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, em cumprimento a mandados de busca e apreensão da Operação Kapnós, do Ministério Público em Alagoas (MP-AL), que pretende desarticular duas quadrilhas que compravam os produtos e os distribuía pelo Nordeste.

Segundo a polícia, a quadrilha que atuava em Lauro de Freitas revendia para os estados de Alagoas, Pernambuco, Piauí, Ceará e Paraíba.

No escritório e depósito, foram encontradas cerca de 800 caixas de cigarros falsificados, além de aproximadamente R$ 47 mil em cheques e R$ 48 mil em dinheiro. A polícia também apreendeu dez cadernos com anotações da movimentação financeira da quadrilha.

A PRF afirmou que mandados de prisão também são cumpridos na Bahia, mas ainda não informações sobre os presos.

De acordo com a PRF, a segunda quadrilha tinha seu centro de distribuição na cidade de Caruaru, em Pernambuco, atuando nos estados vizinhos, Alagoas e Paraíba, e também tinha negócios no Rio Grande do Norte.

A operação Kapnós cumpre 14 mandados de prisão e outros 29 de busca e apreensão na Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. A operação recolhe centenas de caixas de cigarros falsificados, além de veículos de luxo, lanchas e motos aquáticas. Todos esses bens teriam sido comprados e colocados no nome de “laranjas” com o intuito de lavar o dinheiro adquirido com o comércio ilegal de cigarros.

Operação
Duas pessoas foram presas em Alagoas. Elas estão sendo levadas para a Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic). Já o material apreendido será encaminhado para a Academia de Polícia Militar. Segundo as investigações, o centro de distribuição dos produtos de um dos grupos criminosos funcionava em Caruaru (PE). Uma pessoa foi presa em Curupira.

De acordo com o MP, as investigações começaram há quatro meses. As quadrilhas presas eram especializadas em comercializar cigarros produzidos no Brasil, mas com selos de marcas paraguaias, como Eight, Gift, Bello e Meridian.

Os revendedores compravam os produtos de fábricas clandestinas, localizadas, em sua maioria, na região Sul do país, e distribuíam para diversos centros de comércio no Nordeste.

Ainda de acordo com o Ministério Público, os dois bandos possuíam uma estrutura organizada, com integrantes exercendo papéis distintos, tendo fornecedores regionais, estaduais, e locais, fora os vendedores que vendiam para o consumidor final.

Dois desses comerciantes foram presos em Maceió. Eles vendiam cigarros falsificados no Mercado da Produção e na Feira do Artesanato, no centro da capital, local que se tornou ponto de intersecção entre as organizações criminosas.

A palavra Kapnós, usada para nomear a operação, tem origem grega que significa tabaco e, por sua vez, remete a fumaça. Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e homens das Polícias Civil e Militar participam da operação.

Fonte: G1

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