07

dez/2017

Presidente da FenaPRF participa de painel no MPF sobre a condição de trabalho dos policiais

A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) foi uma das convidadas para um painel no Ministério Público Federal para discutir a situação da atividade policial. Com o tema “Condições de trabalho dos policiais: Letalidade das ações policiais e mortalidade policiais”, os participantes colocaram os pontos de vista de cada uma da instituição, além de responderem questionamento dos presentes.

O presidente da Federação Deolindo Carniel foi o responsável para explanar os pontos de vista no que se refere a Polícia Rodoviária Federal. Com base no estudo apresentado pelo PRF Wanderlei Martins, em um programa de pós-graduação na Universidade Federal da Bahia, Carniel apontou dados importantes, mostrando os fatores de risco e a vitimização fatal de policiais no período entre 2007 a 2016.

Nos dados colhidos, a vitimização fatal de PRFs foi de 75 mortos, sendo que destes 11 foram por suicídio. Tal número também é alto na Polícia Militar e Polícia Federal, como também destacaram Elisandro Lotim, presidente da Associação Nacional dos Praças (Anaspra) e Luis Antônio Boudens, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).

Outro ponto abordado por Carniel foi quanto alto número de policiais entre 36 e 46 anos. Atualmente, a PRF está envelhecida. 44% dos policiais estão nessa faixa etária. O nosso efetivo não acompanha o crescimento da população, a frota de carros atualmente no País e da malha viária”, explicou o presidente.

Os participantes também abordaram a situação do considerável número de abusos morais e sexuais contra a mulheres nas corporações militares, em dados apresentados pelo sargento Lotim, a situação do armamento da Taurus, amplamente questionada por todos os representantes e a falta de segurança dada para o agente que está ali para salvar vidas, como é o caso das vestimentas e coletes.

Ao final do debate, as instituições pediram o auxílio do Ministério Público, tanto federal quanto dos estados, para que se coíba situações de precariedade e fiscalizem e monitorem as atividades policiais para uma melhoria da qualidade do serviço à população.

COMPARTILHAR