Diretores da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) participaram na tarde desta quinta-feira (8), no gabinete do deputado federal Subtenente Gonzaga (PDT-MG), de uma reunião com o Coordenador-Geral de Assuntos Federativos e Parlamentares do novo Ministério da Segurança Pública, Lucas Goes, para tratar de assuntos importantes para a nova pasta. Inicialmente, a reunião aconteceria diretamente com o Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, mas a agenda do chefe da pasta não permitiu, delegando-o a função para tal.
O presidente da FenaPRF, Deolindo Carniel, expôs demandas corroborada por entidades ali presentes, como os representantes dos sistemas sindicais do Depen, PF, Socioeducativo e Bombeiros. “O Ministério da Segurança Pública era uma demanda necessária”, ressaltou Carniel em sua exposição. Também participou da reunião representando a Federação o diretor jurídico da FenaPRF, Marcelo Azevedo.
Entre os assuntos pontuados, o presidente da Federação destacou a necessidade de uma análise minuciosa a respeito da Força Nacional e a sua efetividade. “É um resultado que precisa ser analisado, pois a Operação Égide gastou R$ 20 milhões com toda a operação e o gasto em uma operação na Maré foi no âmbito de R$ 300 milhões. Desapaixonadamente, é necessário olhar por isso”, pontuou.
Carniel ressaltou também que é importante uma atenção ao concurso público para a nomeação de novos policiais, mas que é preocupante a situação apresentada recentemente, que coloca a remuneração inicial dos servidores federais de cargo superior de R$ 5 mil bruto, podendo chegar a pouco mais de R$ 2,5 mil líquidos em situações de fronteira. “Há rumores de que estão atrelando esse concurso aos R$ 5 mil reais e isso é perigoso”, alertou.
Entre outros pontos, mostrou-se contra a uniformização de carreira para o nível médio, reafirmou a importância do Ciclo Completo de Polícia, no qual Jungmann demonstrou ser favorável, a restruturação do Departamento, a necessidade de ocupação de cargos de PRFs no novo Ministério “que não seja predominantemente de um cargo”, além da necessidade de uma Lei Orgânica para a PRF: “vamos completar 90 anos sem uma lei orgânica. É necessário discutir isso, assim como é necessário para a Polícia Federal”, pontuou.