O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), acredita que a proposta para a criação do Fundo de Previdência Complementar para os Servidores possa ser votada logo após o feriado do carnaval. O petista negou que a presidente Dilma Rousseff tenha pedido agilidade para a votação da matéria e disse que a proposta não foi votada na semana passada por falta de um acordo político. “Eu acho que logo depois do carnaval, tudo correndo bem, nós poderemos já votar a proposta”, afirmou, durante a posse da nova diretoria do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi). “Eu acredito que nós teremos uma sensibilidade, por parte da oposição, para colocar em votação essa matéria”, emendou.
Maia disse que, na reunião dos líderes partidários amanhã (14) à tarde, serão discutidos os projetos que devem entrar na pauta de votação da Câmara dos Deputados no período posterior ao Carnaval. “Todo o meu esforço tem sido no sentido de compor uma boa proposta de votações para esse período, que não necessite que haja obstruções.” Na semana passada, o presidente da Câmara disse que vem conduzindo os trabalhos de forma aberta e democrática, ouvindo os líderes, governo, oposição e setores organizados, mas que isso não significa que ele tem de acatar essas opiniões.
Aliança com PSD. O presidente da Câmara dos Deputados disse ainda que respeita a posição da senadora Marta Suplicy (PT-SP) que é contrária a um acordo entre PT e PSD para a prefeitura de São Paulo. Ele ponderou, contudo, que não se pode descartar, a priori, uma aliança com o PSD para a sucessão municipal. “No caso de São Paulo, eu acho que o PT precisa fazer uma profunda reflexão, analisando a conjuntura e olhando para o futuro, apostando as suas fichas na possibilidade de vitória”, disse. “Para isso, eu acho que não podemos, a priori, descarta uma aliança com o PSD, que pode ser importante para a garantia da vitória do PT em São Paulo.
Maia disse ainda que é importante e fundamental para o projeto do partido reconquistar a prefeitura de São Paulo e ressaltou também que tem defendido alianças com o PSD a nível nacional. “Eu tenho defendido alianças com o PSD a nível nacional, pois acho que em quantos mais locais estivermos com aliança, mais próximos eles (PSD) estarão de nós (PT) no cenário político nacional.”
Fonte: Estadão.com.br