As entidades representativas, que compõem o Gabinete Integrado, fizeram o primeiro simpósio para discutir a reforma da previdência para os operadores da segurança pública, ministério público e judiciário. Parlamentares, autoridades em previdência e representantes de entidades sindicais falaram e discutiram os termos atuais da Reforma da Previdência.
De acordo com deputado Sargento Fahur (PSD/PR), ele terá uma conversa franca com Bolsonaro sobre o texto da Reforma da Previdência. “Sou da base de apoio, ajudei a eleger o Bolsonaro. Mas vou conversar ao pé do ouvido com ele para fazermos mudanças nesse projeto. Vamos fazer emendas, vamos fazer mudanças, a reforma da previdência. Não vai ser essa que o Paulo Guedes quer nos empurrar garganta abaixo. O homem do campo, o trabalhador, ninguém é obrigado a morrer trabalhando. Temos de ser justos”, afirmou.
A coordenadora do movimento ‘Auditoria Cidadã’, Maria Lúcia Fatorelli, afirmou que o maior problema financeiro brasileiro está na gestão dos recursos. Ela apontou dados retirados de sites oficiais do Governo, que superam a casa dos R$ 4 trilhões.
“Temos no Tesouro Nacional R$ 1,270 trilhão, com dados do fim do ano passado. Sabe qual a justificava? Formar colchão de garantia para as aplicações financeiras e a população perdendo a previdência. Há ainda R$ 1,130 trilhão no Banco Central remunerando a sobra de caixa dos bancos. Outros R$ 1,743 trilhão em reservas internacionais. O que explica a crise? Ninguém no mundo tem esse dinheiro na mão. Se a Previdência é o nosso maior patrimônio e não há o falacioso deficit, deveríamos estar debatendo uma reforma para aprimorar, ampliando o alcance, pois, muita gente está desassistida e há recurso para cobrir essas lacunas”, argumentou.
O presidente da FenaPRF, Deolindo Carniel, destacou que a atual proposta não resolve em nada os problemas da segurança pública. “A reforma ideal seria aquela que acabasse com a divisão dos policiais e a injustiça da pensão para os servidores de 2013. Uma reforma que defendesse as pensões, diferente do que é hoje. Essa proposta acaba com tudo, inclusive com a previdência. É um modelo devastador e me arrisco a dizer que é mais perversa que a PEC 287/16”, pontou Carniel.