Mulheres gostam de flores, gentileza e respeito, mas o dia 8 de março fala muito mais do que isso.
A data tem como propósito intensificar a reflexão sobre o papel da mulher na sociedade, é o momento de se discutir e procurar soluções sobretudo para a violência contra a mulher.
UM BREVE HISTÓRICO
1909 – Primeiro Dia da Mulher
O primeiro país a ter um dia nacional da mulher foi os Estados Unidos: 28 de fevereiro de 1909, por sugestão de Theresa Malkiel, educadora e ativista do Partido Socialista Americano, que também lutava pelo direito ao voto.
1910 – Conferência Anual das Mulheres
Inspirada pelas americanas, a feminista alemã Luise Zietz propôs o estabelecimento de um dia internacional da mulher durante a Conferência Anual das Mulheres, realizada em Copenhague, Dinamarca, em 1910.
1911 – Movimento ganha força
Em 1911, a Internacional Socialista decidiu estabelecer um Dia da Mulher para homenagear os movimentos pelos direitos das mulheres e angariar apoio para a causa do voto feminino. Enquanto isso, mais de um milhão de mulheres participaram de passeatas e comícios na Áustria, na Alemanha, na Dinamarca e na Suíça para exigir o direito ao voto, a ocupar cargos públicos e de não serem discriminadas no local de trabalho.
1917 – Primeira conquista marcante
Em 1917, as mulheres russas tomaram as ruas de Moscou no dia 8 de março para protestar contra a Primeira Guerra Mundial, a escassez de alimentos e pedir o fim do regime czarista, em um movimento que marcou o início da Revolução Russa. Quatro dias depois, o czar abdicou e o governo provisório e concedeu às mulheres o direito de votar.
1975 – Dia Internacional da Mulher
O Dia Internacional da Mulher foi oficialmente celebrado em 8 de março pela primeira vez por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, e dois anos depois foi estendido a todos os países que são membros da organização.
MULHERES NO BRASIL
51% da população brasileira é composta de mulheres que, embora tenham nível de formação superior, ao dos homens, ocupam apenas 39,1% dos cargos gerenciais nas empresas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – em 2011, essa proporção era de 39,5%.
Os dados apontam ainda que as mulheres recebem o equivalente a 3/4 do salário dos homens.
Mesmo trabalhando fora, as mulheres dedicam 18 horas por semana aos cuidados com o lar ou com a família (os homens, 10 horas).
MULHERES NA PRF
As primeiras cinco mulheres a ingressarem nos quadros da PRF foram empossadas em 1978, cinquenta anos, portanto, após a criação do órgão.
Em 2011, pela primeira vez, uma mulher chegou ao comando máximo da PRF. Maria Alice Nascimento Souza, que também foi a pioneira feminina como motociclista batedora, comandou a instituição até o começo de 2017.
Atualmente a PRF possui 1212 mulheres em seus quadros (contabilizando a carreira de apoio administrativo), que representam 10,53% do total de servidores, sendo 1009 o número de policiais, de um total de 10.993 PRFs.
Nesta data de reflexão, a FenaPRF saúda todas as mulheres, mas em especial, cada mulher que já contribuiu e ainda contribui para a construção da Polícia Rodoviária Federal como uma das instituições de segurança pública mais respeitadas e admiradas do país.