Ontem o senador Roberto Requião (PMDB/PR) se opôs, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, à proposta do governo de criação do fundo de previdência complementar para servidores públicos federais. Segundo ele o fundo segue o mesmo caminho das experiências desastrosas do Chile, da Argentina e dos Estados Unidos, que entregaram os recursos dos fundos ao mercado financeiro e quando este quebrou, quebrou-se também a previdência complementar.
Requião disse que na crise financeira de 2008 o único fundo de previdência que não teve prejuízo foi o do Paraná, pois ele, como governador, proibiu a aplicação de recursos em operações de risco, como as bolsas, e essa garantia não haverá em relação à nova previdência complementar, já que o fundo vai ser administrado pelos bancos.
Quebrando o protocolo e desafiando a mesa da comissão, funcionários públicos federais aplaudiram por diversas vezes a intervenção de Requião. O único senador a acompanhá-lo foi o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que constrangeu a bancada governista lendo as reações indignadas de líderes petistas, quando esta mesma proposta foi apresentada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e fulminada pelo PT, e hoje, pra ele o PT assume letra por letra o que o PSDB defendia àquela época.
Fonte: Blog do Tarso