31

mar/2012

Funpresp precisa de mais uma votação no Congresso

Governo submeterá ao Congresso aporte de R$ 100 milhões para o fundo de  previdência

O gasto inicial da União com a implantação dos fundos de previdência  complementar dos servidores públicos federais (Funpresp) será de R$ 100 milhões,  e o governo precisa de uma segunda votação no Congresso autorizando essa  despesa. Além desse aporte inicial, que será apenas um adiantamento da parte da  União, o governo terá o chamado “custo de transição” entre o atual sistema de  pagamento de aposentadorias e o novo Funpresp. Segundo estudos da Fazenda, esse  custo deverá chegar ao ápice por volta de 2030, representando 0,10% do PIB ao  ano, o que equivale hoje a R$ 4 bilhões anuais. No primeiro ano, esse volume de  recursos deverá ser de R$ 300 milhões.A avaliação mais otimista dos técnicos do  governo é que os fundos estarão completamente funcionando no fim deste ano ou,  provavelmente, em 2013. Para aplicar as novas regras de contratação dos  servidores, o governo só precisa esperar a autorização da Superintendência  Nacional de Previdência Complementar (Previc), orientada a ser rápida.

Mas, para constituir a entidade, é preciso aprovar o projeto de pedido de  crédito especial, que já começa a ser analisado pela Comissão Mista de Orçamento  (CMO), cuja nova composição foi empossada na última terça-feira. A nova votação  no Congresso será necessária porque a área econômica se “esqueceu” de incluir a  despesa com a instalação das fundações que irão administrar os fundos no  Orçamento da União de 2012.

A proposta do Funpresp aprovada semana passada autoriza a criação de até três  fundos, um para cada Poder (Executivo, Legislativo e Judiciário). Por isso, dos  R$ 100 milhões, R$ 50 milhões são para o Funpresp do Executivo; R$ 25 milhões  para o do Judiciário; e mais R$ 25 milhões para o do Legislativo.

O Legislativo ainda analisa se irá criar fundo próprio ou se vai aderir a um  dos outros fundos.

Os créditos especiais serão destinados ao Executivo, ao Legislativo e ao  Judiciário, porque caberá a cada Poder enviar à Previc pedido de autorização  para criação e funcionamento do respectivo fundo. A Previc tem 180 dias para se  pronunciar, e a presidente Dilma já pediu que o processo seja agilizado para 30  dias. A partir da autorização, o governo já poderá começar a contratar novos  servidores aplicando as novas regras, que preveem o teto de R$ 3,9 mil, o mesmo  do INSS.

Fonte: O Globo

 

COMPARTILHAR