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abr/2013

A escala de serviço vai ser alterada no âmbito do 1o Distrito

Os representantes do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Distrito Federal (SINPRF/DF), Reni Rocha, presidente, e Fabiano Viana, diretor jurídico, durante visita ao 1º Distrito Regional da Polícia Rodoviária Federal no Distrito Federal (1º DRPRF/DF), conversaram com o chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização (NPF), Anderson Frazão, a fim de esclarecer reclamações que chegaram ao conhecimento do Sindicato sobre mudança na escala de serviço na circunscrição do 1º DRPRF/DF.

Anderson Frazão confirmou que a escala de serviço sofrerá alterações e que a partir de maio será realizada de duas formas: uma de 24x72h para os policiais que serão escalados para trabalharem nos Postos de Fiscalização e a outra de 14x58h para os policiais designados para trabalharem no serviço de ronda.

Questionado pelo presidente do SINPRF/DF sobre quais critérios ou estudos embasaram esta mudança repentina de escala, Frazão respondeu que o motivo é por causa da realização da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. Frazão também argumentou que na sua opinião, esta é a melhor escala para os policiais do 1º DRPRF/DF, pois, esta escala vai aumentar a produtividade do policial.

Os representantes do SINPRF/DF contraporam que o problema da produtividade não se relaciona com a questão da escala de serviço, mas sim às péssimas condições de trabalho. E reclamaram que nos Postos de Fiscalização do 1º Distrito, falta água; água potável; material de expediente; formulários e impressos específicos para a atividade do policial.

O presidente Reni destacou para o NPF que falta até talões de auto de infração e guincho para que o servidor possa realizar as atividades relacionadas com a fiscalização de trânsito. “A situação é tão alarmente que o policial não tem nem o talão de multas para trabalhar. Dessa forma, nem autuar ele pode”.

Diante das explicações apresentadas por Frazão, o presidente Reni disse que a Administração deveria trabalhar em conjunto com o efetivo informando antecipadamente e buscando soluções em parceria, porém o que se vê,é a prática do “empurrar goela abaixo do policial as decisões administrativas”. “Com isso, mais uma vez quem deve arcar com o ônus da desorganização é o policial rodoviário federal”, acrescentou.

Para o SINPRF/DF não seria necessário alterar a escala de serviço durante os Grandes Eventos, pois o Distrito vai receber o reforço de 93 policiais rodoviários federais lotados em outras estados: 75 serão empregados diretamente nos postos de policiamentos metropolictanos e nos postos de divisas; e, 18 ficarão à disposição para serem ulitazados como pronto-emprego durante os Grande Eventos.

Os representantes do SINPRF/DF alegaram que não vão aceitar qualquer tratamento diferenciado e muito menos atitudes que ofendam os direitos dos servidores da Polícia Rodoviária Federal, inclusive, após o encontro com o NPF do 1º DRPRF/DF os procedimentos necessários e cabíveis visando a defesa dos interesses da categoria no DF já começaram a ser analisados e iniciados. Reni disse que “o tratamento dado a um servidor, tem que ser o mesmo para todos, não vamos aceitar diferenciação nas atividades ou nas rotinas que são comuns a todos os policiais”. E acrescentou que “todos estes pontos serão apresentados e discutidos de forma clara e objetiva com a categoria durante a nossa AGE [Assembleia Geral Extraordinária]”.

A AGE do SINPRF/DF vai ser realizada após uma reunião emergencial do 1º Distrito que deve acontecer ainda neste mês de maio. Para Reni, nesta reunião do 1º DRPRF/DF, a Administração tentará convencer os policiais sobre os motivos e necessidades desta mudança repentina. “Vamos estar lá para acompanhar tudo de perto com o intuito de defender os interesses da categoria”, tranquilizou o presidente Reni.

Esta decisão unilateral de mudança na escala de serviço causou mais estranheza ao SINPRF/DF, tendo em vista que na tarde de ontem (23), gestores do 1º DRPRF/DF apresentaram o planejamento estratégico do 1º Distrito para o presidente Reni, o diretor jurídico Jaider Lima, e o delegado à Federação Tadeu Júnior. Porém, nada foi informado ou falado sobre esta mudança. “Infelizmente este tipo de procedimento tem sido a forma de agir dentro do 1º Distrito”, disse o delegado Tadeu reclamando que o servidor nunca é ouvido, “nem mesmo quando as mudanças afetam diretamente seus interesses ou sua rotina de vida”.

Fonte: SINPRF/DF

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