Servidores administrativos da Polícia Federal decidiram cruzar os braços na próxima quinta-feira. Reunida em assembleia, a categoria decidiu subir o tom contra o Governo Federal. As principais reivindicações são a retomada das negociações sobre a reestruturação da carreira e a recomposição da força de trabalho da categoria, mediante a nomeação imediata dos candidatos aprovados em concurso público realizado em fevereiro.
Serviços afetados
Com a paralisação, serviços como emissão de passaportes, controle migratório, fiscalização de atividades de segurança privada, entrada de produtos químicos importados no País e o suporte à atividade policial serão diretamente afetados.
Falta de pessoal
De acordo com dados do Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a categoria administrativa corresponde a apenas 17,86% do efetivo da Polícia Federal — menor percentual dos últimos 30 anos. A carência de pessoal é tão grande que, segundo o Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SinpecPF), em alguns setores, servidores relatam dificuldades para marcar férias porque o afastamento do local de trabalho inviabilizaria a prestação do serviço.
Concurso insuficiente
Para suprir a necessidade de servidores administrativos, a PF fez concurso em fevereiro deste ano, no qual foram oferecidas 566 vagas. “Muito pouco perto da necessidade real”, afirma o presidente do sindicato que representa a categoria, João Luis Rodrigues Nunes. Como o certame foi homologado em junho, a nomeação dos aprovados pode ocorrer durante o período eleitoral sem nenhum problema, segundo o SinpecPF.
Fonte: Jornal de Brasília