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maio/2012

Arrecadação é recorde, mesmo com PIB fraco

BRASÍLIA. Mesmo com a economia em marcha lenta, a arrecadação da Receita Federal bateu recorde e fechou abril com o maior resultado da história para o mês: R$ 92,6 bilhões. Este é o segundo melhor desempenho do ano, perdendo só para janeiro (R$ 102,5 bilhões). No primeiro quadrimestre, o valor soma R$ 349,47 bilhões. Com lucros crescentes, os bancos são responsáveis por quase 90% da alta do recolhimento de tributos no período, em meio à queda em setores como a indústria.

Estudo do Fisco mostra que a participação destas instituições no total dos tributos arrecadados pelo governo nunca foi tão alta. Chegou a cerca de 9% dos impostos e contribuições federais pagos por empresas e pessoas físicas, nos primeiros quatro meses do ano, contra 6,8% em 2011. Os dados são dos primeiros quadrimestres dos últimos cinco anos. Com base nessas informações, o governo insiste que os bancos têm espaço para cortar os juros dos empréstimos.

De janeiro a abril, os bancos recolheram R$ 21,5 bilhões dos R$ 243,4 bilhões arrecadados. E representaram 11,1% do total pago pelas empresas em Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).

Em abril, os números da arrecadação indicam desaceleração da economia, com queda no pagamento de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e CSLL, PIS e Cofins, sobretudo de grandes empresas, o que fez o governo adotar medidas de estímulo.

– O setor industrial está em certa queda, com a redução do IPI e parte de PIS/Cofins – disse a secretária-adjunta da Receita, Zayda Bastos, acrescentando que não mudou a expectativa do governo de recolher, em 2012, de 4% a 4,5% mais tributos do que no ano anterior. Em 2011, a arrecadação bateu recorde histórico e fechou em R$ 1,01 trilhão.

Fonte: O Globo

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