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ago/2012

Até sábado agentes da PRF de todo país estarão em greve, diz FenaPRF

O presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Pedro Cavalcanti, afirmou que, até sábado, os servidores da categoria em quase todo o Brasil entrarão em greve. Nesta quinta-feira, o agentes no Distrito Federal cruzaram os braços, o que elevou para 13 o número de unidades da federação afetadas pelo movimento.

Ao todo, 23 sindicatos, de um total de 24, já aprovaram a greve. Mas eles precisam obedecer a um prazo de 72 horas para iniciar a mobilização. O único que ficou de fora, o de Tocantins, realizará assembleia na segunda-feira. Cavalcanti participou de reunião com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, que colocou na mesa a mesma proposta de reajuste – de 15,8%, parcelado em três anos – apresentada para as demais carreiras do Executivo.

– Como não houve acordo, nosso calendário continua – afirmou.

Questionado sobre a promessa do governo de punir de forma “exemplar” os agentes que colocaram uma placa permitindo passagem livre para o tráfico de drogas e armas na Via Dutra na terça-feira, com processo de demissão, ele disse que o governo tem o direito de fazer a investigação, mas que os servidores também poderão se defender na Justiça. Ele observou, no entanto, que o objetivo do protesto era informar a população sobre a precariedade da segurança no país.

– Onde não há presença do Estado, não há condições de impedir um traficante de agir ali. Temos um efetivo total no país de 9 mil policiais. A corporação está operando acima de seu limite – disse Cavalcanti.

Ele afirmou que está em negociação com o governo federal para contratar mais trabalhadores – 750 concursados devem terminar o curso de formação este mês – e se referiu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, como “amigo” e “parceiro” da categoria. De braços cruzados desde segunda-feira, os policiais rodoviários federais querem equiparação com os agentes da Polícia Federal – o salário inicial passaria de R$ 5,8 mil pra R$ 7,5 mil. O movimento afeta, além do DF, os estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Paraná, Santa Catarina, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba e Rio Grande do Sul.

Fonte: O Globo

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