Depois da apreensão – pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no último domingo (23) – de 21 quilos de cocaína e maconha, num trecho da BR – 110, próximo ao município de Ribeira do Pombal, escondidos na carroceria de um veículo ocupado pelos paraibanos Aylson Azevedo Soares, o “Caboquinho”, e Genival de Oliveira Correa, o “Negão”, a Polícia Civil baiana busca identificar outros participantes de um esquema de transporte de drogas entre São Paulo e Campina Grande, na Paraíba, e cuja rota passa por vários municípios do interior do estado.
Além de drogas (11 quilos de maconha e 10 quilos de cocaína) e material para embalagem, eles transportavam dinheiro, um telefone celular e oito chips, escondidos no interior dos bancos, portas, painel, paralamas dianteiros e dentro da tampa da carroceria da picape Montana, de placa NPU-561.
Conduzidos à Delegacia Territorial de Ribeira do Pombal, os paraibanos foram autuados em flagrante por tráfico de drogas pelo delegado titular Equiber dos Santos Alves. Negão admitiu ser o real transportador da droga e disse ter contratado Caboquinho para levá-lo até São Paulo, mediante o pagamento de R$ 1 mil.
No interrogatório, Negão confessou já ter viajado várias vezes para adquirir drogas em São Paulo, onde recebia instruções, através de celular, sobre os locais de recebimento dos pacotes. Os oito chips de celulares apreendidos seriam utilizados para facilitar o contato com os traficantes daquele estado e impedir o rastreamento das ligações.
Informou ainda ter recebido R$ 5 mil pelo serviço, mas não revelou quem o contratara. Apresentou ao delegado um RG, que pode ser falso, uma vez que o documento está assinado e ele garantiu ser analfabeto, não sabendo dizer a data de nascimento nem os nomes dos pais. O titular da DT/Ribeira do Pombal vai solicitar ao instituto de identificação da Paraíba que constate a autenticidade do documento.
Caboquinho, que já cumpriu pena em Campina Grande por tráfico, e Negão permanecem custodiados na carceragem da unidade policial de Ribeira do Pombal, aguardando transferência para o sistema prisional. As investigações prosseguem para identificar todos os envolvidos no esquema de transporte interestadual de drogas.
Fonte: Jornal da Mídia