A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional promovem debate hoje, às 14 horas, sobre os planos nacionais existentes para combater os problemas de segurança nas fronteiras do Brasil, além de discutir os efeitos da violência nas relações do Brasil com as nações com as quais faz fronteira. As comissões querem saber ainda se as relações atuais entre os países fronteiriços incluem ações feitas em conjunto.
“É de conhecimento público que nossas fronteiras figuram dentre as áreas com a maior incidência de crimes no País, especialmente tráfico de drogas e entorpecentes, tráfico de armas, homicídios, latrocínios, furtos, roubos e formação de quadrilhas, dentre outros”, diz o deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), autor do requerimento para realização da audiência.
Otavio Leite lembra que o Brasil é o país com a terceira maior fronteira terrestre do mundo, figurando apenas atrás da República Popular da China e da Rússia. “Esse dado, por si só, já seria suficiente para que o governo brasileiro, e consequentemente o Congresso Nacional, tratasse as fronteiras nacionais como assunto de suma prioridade. A questão complica-se, ainda mais, quando sabemos que a região é grande produtora de drogas ilícitas, o que faz do Brasil ao mesmo tempo rota e destino do tráfico internacional de drogas, armas e entorpecentes”, ressalta o deputado.
Foram convidados para o debate:
-vice-presidente do Brasil e coordenador do Plano Estratégico de Fronteiras do Governo Federal, Michel Temer;
-o comandante do Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, general Antonino dos Santos Guerra Neto;
-o representante do Ministério das Relações Exteriores, ministro Carlos Luís Dantas Coutinho Perez;
-representantes da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira;
-o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Freitas Barreto;
-a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Maria Filomena de
Luca Miki; e
-o diretor-geral do Departamento de Polícia Federal, Leandro Daiello.
A audiência será realizada no Plenário 6.
Fonte: Agência Câmara