A Condsef busca uma reunião com o Ministério do Planejamento para discutir a correção em valores de benefícios pagos aos servidores bem como a antecipação da parcela 2015 referente ao reajuste de 15,8% negociado com a maioria dos servidores e escalonado em três vezes (2013, 2014, 2015). As demandas estão baseadas em estudos técnicos feitos pela subseção do Dieese na Condsef que relacionam a situação dos benefícios e reajustes com a inflação medida no mesmo período.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado entre 2011 e 2013, incluída a projeção de 2014, gera uma inflação acumulada de 26,55%, o que supera o índice de 15,8% concedido aos servidores. Os dados mostram que o reajuste acumula um déficit e a antecipação da parcela ajudaria a recompor o poder de compra do servidor público. (Veja aqui) estudo do Dieese sobre antecipação da parcela de reajuste. E clique aqui para ver estudo sobre correção dos diversos benefícios, incluindo auxílio alimentação.
No caso do auxílio-alimentação a perda torna-se ainda mais visível. Em dezembro de 2012 o valor do benefício para servidores do Executivo foi revisto sofrendo um reajuste de 22,7% e indo para o valor atual de R$373. De lá para cá o IPCA registrou aumento de 40,6% no custo da alimentação fora do domicílio. Novamente os servidores acumulam déficit que vai refletindo cada vez mais no enfraquecimento de seu salário frente ao avanço dos índices inflacionários. Enquanto isso, o valor do mesmo benefício segue maior no Judiciário (R$710) e no Legislativo (R$741). Ainda segundo o estudo da subseção do Dieese, caso o valor médio das refeições no Brasil fosse considerado, o valor do auxílio-alimentação deveria ser de, no mínimo, R$ 588,28.
Tanto a busca pela equiparação dos benefícios concedidos aos servidores quanto a antecipação da parcela de reajuste de janeiro de 2015 seguem entre as bandeiras principais da Campanha Salarial Unificada 2014 dos servidores federais.
Fonte: Blog do Servidor Público Federal