Pouco mais de dois meses depois da morte de um inocente em uma ação desastrosa da Polícia Militar, outro erro da corporação culminou em tragédia. Se, em 3 de abril, a vítima foi um estudante de 27 anos, pai de família, desta vez, o equívoco terminou com um PM assassinado. No fim da noite de quarta-feira, Osmar Catarino Júnior, 35 anos, perdeu a vida ao ser confundido com um bandido. Cabo da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), ele estava à paisana quando percebeu uma tentativa de assalto a ônibus, na Avenida Hélio Prates, em Taguatinga, e agiu. Segundo o cobrador do coletivo, que preferiu não se identificar, uma equipe da Rotam chegou ao local logo em seguida, não reconheceu o colega e atirou contra Osmar, que estava de costas. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) declarou que nenhuma versão será confirmada até que o inquérito sobre o caso seja concluído, em cerca de 30 dias. O cabo havia encerrado o turno de trabalho naquela tarde, substituído justamente pela equipe que o matou.